Segundo uma informação avançada à imprensa, entre 5 e 11 de Fevereiro estará a decorrer o “Laboratório Funchal”, na Universidade da Madeira, que visa desenvolver projectos para um troço da Ribeira de Santa Luzia como mote para uma discussão pública sobre o reconhecido sistema hídrico da cidade.

Um laboratório de arquitectura é um modelo de trabalho que surge do mundo universitário criando autonomia para maior contacto e envolvimento da sociedade. Este “Laboratório Funchal” surge deste contexto e propõe-se realizar um trabalho colectivo entre professores, arquitectos, paisagistas, fotógrafos, historiadores, com alunos destas disciplinas, que possa ser colocado em discussão colectiva, reza a nota de imprensa.

As história das ribeiras no Funchal e a descoberta de um conjunto de postais das
ribeiras com “casas aéreas” construídas como pontes de atravessamento, entretanto desaparecidas, constituem o mote para ativar um trabalho concreto: como pensar, redesenhar ou repor, estes elementos tão vinculados à matriz da cidade do Funchal?

Este trabalho tem a direcção dos arquitectos Rui Mendes e Paulo David, com apoio do “Atelier Funchal”, e junta um conjunto de convidados e um grupo de 25 alunos de arquitectura e arte. Conta com o apoio da Câmara Municipal do Funchal, da Universidade da Madeira, da Secretaria Regional da Economia, Turismo e cultura e o patrocínio da Fundação Millennium bcp.

O trabalho que se pretende construir, tem como base um conjunto de desenhos de levantamento, mapas, diagnóstico histórico de fontes fotográficas e registos escritos, com o intuito de constituírem um suporte fiel de um desígnio arquitectónico latente na cidade, refere o comunicado.

Estes estudos, esboços e maquetes estarão disponíveis a partir de dia 11 de Fevereiro para discussão pública, visando criar contacto e envolvimento da sociedade. O site deste Laboratório será também actualizado com a informação final e será publicado um livro com a reflexão produzida.
O Laboratório de Arquitectura – Funchal “CASAS AÉREAS” pretende ser o primeiro de um ciclo que se pretende possa acontecer de dois em dois anos.
O objectivo deste Laboratório de Arquitectura é, assim, o de enunciar a construção de “Casas aéreas” ou “Fumos”, como também são conhecidas as pontes que faziam a travessia entre margens, que se pretendem agora recuperar e ampliar.
A ideia deste Laboratório é ainda fazer circular este modelo de trabalho para outros territórios nacionais.

O projecto envolve, além de Paulo David e Rui Mendes, João Gomes da Silva, Duarte Belo, José Maria Sanchez Garcia, João Favila e Duarte Encarnação.