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O FN foi contatado por uma moradora no Edifício Colinas da Achada. Todos os dias olha para o monumento vizinho Fortaleza do Pico e caminha pelos seus arredores.

Esta leitora do FN,  salienta que embora tivessem sido feitas melhorias de acesso à volta da Fortaleza, jardins, esplanada, parque infantil e miradouro, inaugurados em 2011, tem-se notado uma manutenção deficiente do espaço. O mesmo acontece com a fortaleza, onde a falta de cuidado é notória, manutenção ausente, algo ao qual não consegue ficar indiferente.

No tempo em que estava sobre a alçada da Marinha, o monumento encontrava-se cuidado, assim como os seus jardins, sendo o acesso gratuito ao público. Lá dentro as pessoas podiam apreciar uma pequena exposição com imagens antigas da Madeira, os canhões, refere a moradora do edifício vizinho, acrescentando que viviam elementos da Marinha em edifícios construídos dentro da fortaleza.

Na noite de fim de ano a zona dos jardins era aberta à população que quisesse ver o fogo-de-artifício. Agora já não há nada. As plantas proliferam pelas paredes de pedra do monumento e os jardins no seu interior, antes verdejantes, deram lugar a mato. O Governo Regional não tem jardineiros para cuidar pelo menos dos jardins, questiona-nos.

Os acessos desta fortaleza do século XVII estão vedados, tanto pela porta principal como pelas traseiras, revelando o estado de abandono em que se encontra já há demasiado tempo.

Recorde-se que, em Julho de 2014, o Governo da República cedeu  a título definitivo a Fortaleza do Pico de São João Baptista à Região Autónoma da Madeira, deixando o imóvel de pertencer ao domínio público militar.

Este monumento, com um dos melhores panoramas de 360º sobre a nossa cidade, merece um melhor destino.