A Madeira festeja hoje o Dia da Região e das Comunidades Madeirenses. É o pulsar do coração das ilhas que hoje se assinala e que deve merecer a empatia de todos.

Não há nem nunca houve facilidades para os ilhéus. Por isso mesmo, são nados e criados nas adversidades, na superação contínua de obstáculos e na urgência de criar pontes em todo o lado. Ilhas sim, geograficamente, mas com os corações abertos ao mundo, é esta a nossa irmandade.

O Dia de hoje não se presta a cantos plangentes mas sim à festa de ser ilhéus com orgulho e fazer parte de uma Pátria com séculos de História, integrada numa família europeia e que luta diariamente por um lugar ao sol.

A autonomia, conquistada a ferros ao longo de décadas, é o sustentáculo jurídico e moral de uma terra que precisa continuar a afirmar-se. De caminhos lamacentos, rasgaram-se estradas, de modestas casas de pedra nasceram moradias com luz, água potável e médico à porta.

Insulares sim, mas sempre a um segundo do mundo. Aos nossos emigrantes, que enchem de orgulho a Madeira, vai aquele abraço fraterno, de acolhimento sempre no regresso e de estímulo na distância. É muito mais a fraternidade que nos une do que o Atlântico ou a saudade que nos separa.

Hoje somos Madeira e Porto Santo, com muito orgulho.