PPM-Madeira reuniu com Sindicato dos Enfermeiros

cuidados de saúde primáriosPreocupado com a atual situação da saúde na Região, o Partido Popular Monárquico (PPM) esteve reunido com o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira.

Os dirigentes do PPM João Noronha e Paulo Brito enumeraram os principais assuntos abordados.

“O número de enfermeiros é insuficiente face às necessidades existentes. Um dos exemplos dados foi que antigamente haviam 6-7 enfermeiros no turno da manhã nos serviços de internamento e, hoje, verificam-se apenas 3-4 enfermeiros. Os profissionais sentem-se descontentes, desmotivados e esgotados”, revela o partido.

Segundo o PPM, para suprir a falta de profissionais, os enfermeiros são obrigados a realizar horas extraordinárias consecutivamente e, não poucas vezes, trabalhar no seu dia de folga.

Os escassos concursos que são abertos, na sua maioria são para regularizar contratos que estão a recibos verdes, não sendo admitidos novos enfermeiros, ou seja, a falta de profissionais continua a ser a mesma.

Os Cuidados Continuados são outra grande necessidade sentida na Madeira.

Segundo o PPM, “nos últimos anos não temos assistido, na Região, a qualquer evolução nesta área e isto não pode acontecer. É necessário haver respostas para as pessoas em situação de dependência, quer estejam em unidades de internamento ou nas suas casas. A saúde é um direito a que todos os cidadãos devem ter acesso e as respostas apresentadas pelo mesmo devem ser de qualidade e estarem disponíveis para todos, independentemente da sua condição económica”.

Para o partido “não podemos assistir continuamente a que, quem tem capacidade económica possa recorrer ao privado, enquanto outras pessoas que vão ao público não têm disponíveis, de forma eficaz, as respostas aos seus problemas”.

A idade de reforma de um enfermeiro situa-se nos 66 anos e três meses, sendo que desde 1992, ser enfermeiro é considerado uma profissão de risco e penosidade, não tendo o devido enquadramento compensatório.