O engenheiro Danilo Matos pôs ontem a circular um apelo público para impedir que a ponte nova seja substituída por uma nova ponte.
Eis o apelo:
A Ponte Nova tem os dias contados. O camartelo da estupidez e da ignorância assim sentenciou, em nome não se sabe bem de quê.
Está a decorrer na Ribeira de Santa Luzia uma operação de destruição cultural e patrimonial como nunca aconteceu na cidade. Voltaremos a esta questão em breve. Agora interessa, porque ainda vamos a tempo, salvar a Ponte Nova.
Depois da Ponte do Cidrão, abatida em Novembro de 2014 pelos mesmos predadores culturais, a Ponte Nova, constitui uma peça única que a Cidade não pode perder. Construída no último quartel do século XIX em cantaria vermelha da Região, um arco perfeito duma esbelteza impressionante.
Posso afirmar, e desafio quem disser o contrário, que se encontra estruturalmente em bom estado de segurança, não obstante as consolas laterais, vítimas da incúria, necessitarem de recuperação. Também desafio os que pretendem justificar a sentença com a necessidade de aumentar a secção de vazão – a esses aconselho que vão medir urgentemente, sim urgentemente, as secções de vazão sob as rotundas dos Viveiros e da Fundoa, porque vão ver que são muito inferiores. Aí sim, como já tem afirmado várias vezes o prof. Raimundo Quintal, reside o maior perigo e, curiosamente, não está prevista qualquer intervenção para o troço entre as duas rotundas.
Este projecto foi, quanto a mim, feito em cima do joelho. Em Julho de 2011 já estava pronto e entregue ao governo, que o guardou bem guardado estes anos todos. Uma intervenção desta natureza tinha obrigatoriamente de ser objecto de debate público e de ser acompanhado por uma equipa, constituída, no mínimo, por um historiador, um arqueólogo e um paisagista.
À Câmara Municipal, como governo da minha cidade, insisto governo da cidade, solicito, para já, que impeça a demolição da secular Ponte Nova.
Aos meus amigos que tiveram a paciência de me ler que PARTILHEM.
VAMOS SALVAR A PONTE NOVA!