Até ontem, o Gabinete do Ensino Superior (GES) na Madeira havia registado 745 candidaturas efetivadas nos seus serviços. Os técnicos não têm tido mãos a medir para dar resposta a esta verdadeira enchente . Trata-se de um número que supera os resultados dos últimos anos e que preconiza, não só um aumento de alunos candidatos à universidade, mas também o reforço na procura de um apoio especializado na hora de escolher o curso e local onde estudar.

Segundo dados fornecidos pelo diretor João Costa e Silva, até ontem, sétimo dia da primeira fase de candidaturas ao ensino superior, recorreram aos serviços do GES, à Rua das Hortas, 745 alunos para submeterem a sua candidatura à universidade, mais 47 por cento do total registado em 2014. Os dados regionais superam a média nacional, que também verificou um acréscimo de 32 por cento na procura pelos gabinetes de ensino superior.

Ao Funchal Notícias, João Costa e Silva revelou que os estudantes da Região com candidatura submetida até ao momento colocaram, como primeira opção, o curso de Gestão no topo das escolhas, seguindo-se a medicina e a psicologia. Relativamente aos locais de estudo, a primeira escolha vai para a Madeira. Lisboa, Porto, Coimbra e Aveiro são os outros pontos do país que figuram na lista das preferências dos futuros universitários.

Desde que se iniciou a primeira fase de candidatura ao concurso nacional de acesso ao ensino superior, a 20 de julho, que a afluência ao gabinete tem sido grande, prova de que os estudantes estão mais sensibilizados relativamente aos benefícios do apoio do GES neste processo tão importante para as suas vidas académicas. As candidaturas ao ensino superior são atualmente efetuadas online, mas é entendimento dos técnicos que este processo deverá ter acompanhamento especializado, não só para garantir a validade dos procedimentos mas também para clarificar ideias quanto ao futuro. Daí que João Costa e Silva veja como mais valia a deslocação dos alunos aos serviços do GES, onde podem efetivar a candidatura após aconselhamento técnico.

“No ano passado, mais de metade dos 507 alunos que estiveram cá para se candidatar alterou as suas opções iniciais, isto depois de esclarecerem dúvidas e obterem o aconselhamento necessário. O apoio neste momento é muito importante. Atualmente escolher um curso não é fácil. Dada a conjuntura, o critério da empregabilidade não é definitivo”, sublinhou o responsável.

As candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior decorrem em três fases. Esta primeira prolonga-se até 7 de agosto. A segunda fase ocorrerá de 7 a 18 de setembro e a terceira de 1 a 5 de outubro. Os candidatos podem concorrer às várias fases do concurso.

Recorde-se que o número de vagas disponíveis no concurso nacional de acesso ao ensino superior (50.555) registou um decréscimo significativo. Este ano há menos 265 lugares nas universidades e institutos politécnicos do país, por comparação com o ano letivo passado, e uma redução de quase três mil em relação a 2011, o ano em que se registou a maior oferta da última década (53.500 lugares disponíveis).