Fortaleza de São Tiago vai caindo na degradação total

Rui Marote
O Forte de São Tiago continua a degradar-se, tal como insistentemente o Funchal Notícias já tem dado conta. Edificado em 1614, guarnecido durante mais de três séculos por diversas baterias de artilharia da guarnição  da Madeira, foi quartel do Esquadrão de Lanceiros de 1974 até ser cedido ao Governo Regional da Madeira, em 18 de Junho de 1992.
O nosso colaborador, o historiador Nelson Veríssimo, tem “batido no ceguinho” mas sem resultados práticos, chamando atenção para a degradação do Forte.
Já algum tempo que não visitávamos esta fortaleza. Foi um choque total, que mexeu connosco. Durante a infância o jornalista que assina este artigo conviveu diariamente com tudo o que se passava no interior desta fortaleza.
A nossa avó era vizinha a paredes meias e tudo o que se passava era visto do balcão da sua casa. Sabia os toques de cor do corneteiro para formaturas, revistas, refeições, brado de armas etc.
Vemos o forte “afundar” cada vez mais. A sua recuperação custará ao erário publico milhões. Veja-se o caso da Capela de São Paulo – hoje em recuperação, e meio milhão não chega!
Para os leitores fazerem uma ideia do estado actual da fortaleza, publicamos uma série de fotos.
Reivindicámos ao Governo da República o Forte. Foi uma longa batalha, hoje “é meu é teu é nosso”, para usar o slogan infeliz de uma antiga campanha que pretendia que a fortaleza de São Lourenço passasse para as mãos dos madeirenses.
A talho de foice, deixamos um alerta para a Câmara Municipal: a época balnear está à porta, e os varandins do solar precisam de ser pintados. A corrosão em breve não terá solução e será preciso um novo varadim.