GR responde a preocupações dos médicos com os rastreios ao cancro

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O Governo Regional da Madeira veio, através da Secretaria Regional da Saúde e Protecção Civil, responder às preocupações expressas recentemente pela Ordem dos Médicos, num extenso comunicado, no qual abordam os critérios e os procedimentos do Rastreio de Base Populacional do Cancro do Cólon e Reto, do qual o Funchal Notícias deu conta.

Diz a SRSPC que o Rastreio do Cancro do Cólon e Reto (RCCR) é o processo de detecção precoce de neoplasias e lesões pré-cancerígenas em pessoas assintomáticas, com idade compreendida entre os 50 e os 74 anos, sem história anterior de cancro ou lesões précancerígenas. Na Região Autónoma da Madeira (RAM), o RCCR foi desenvolvido, até 2023, numa base oportunística, transitando para um rastreio de base populacional em 2024.

“Esta transição no que respeita à substituição de uma abordagem oportunística por uma de base populacional está em alinhamento com os objectivos do Plano Regional de Saúde 2021-2030 e pretende potenciar o diagnóstico precoce, aumentar o suçesso e o custo-efectividade do tratamento destas doenças oncológicas, reduzindo a mortalidade e melhorando a qualidade de vida da população da RAM”, assegura a Secretaria da tutela.

“A implementação do RCCR de base populacional na RAM acompanha as directrizes nacionais para os rastreios oncológicos em Portugal (Despacho n.a 825412017, de l8 de Setembro, publicado em Diário da República,2a Série, Nq 183 de 21 de Setembro de 2017), que estabelecem critérios técnicos para a definição dos programas de RCCR, tendo por objectivo a respectiva uniformização em todo o território nacional. O sistema de informação para a gestão dos programas de rastreio utilizado na RAM (SiiMA Rastreios) é o mesmo utilizado em todas as regiões do país”, refere a nota enviada às Redacções.

“Com a coordenação estratégica da Direcção Regional da Saúde (DRS), desde 2018, foram envidados esforços para a criação do Centro de Rastreios da RAM, estrutura integrante do Serviço de Saúde da RAM (SESARAM, EPERAM), com o objectivo
de promover a implementação dos rastreios de base populacional na região, designadamente os Rastreios Oncológicos, aos quais se associaram, no que respeita a dinâmicas funçionais e organizativas, os Rastreios Visual Infantil e da Retinopatia
Diabética”, refere o lacónico comunicado governamental.

“O RCCR, além de divulgado publicamente em vários momentos desde2022,teve uma fase de piloto em 2023, sendo iniciado em pleno a partír de 2024, no SESARAM. O processo de implementação tem coordenação executiva e técnica
no SESARAM que procedeu à elaboração dos competentes manuais de procedimentos e comunicações internas. Informação específica sobre o RCCR é disponibilizada pelo Centro de Rastreios da RAM, além de estar patente nos sites
institucionais da DRS e do SESARAM”, conclui a nota, que pouco mais ou nada acrescenta.