Vida política regional em polvorosa: Jardim reage a declarações de Sérgio Marques

foto arquivo

A política regional está em polvorosa com as declarações e contra-declarações de antigos governantes regionais, à cabeça dos quais surge Sérgio Marques, com as polémicas declarações recentes a um jornal nacional, denunciando favorecimento de grupos económicos e obras de fachada. Miguel Albuquerque, enquanto presidente do Governo Regional, não reagiu abertamente, mas Alberto João Jardim, antigo presidente do GR, utilizou a sua conta da rede social Twitter para referir (sem indicar o nome), que tinha avisado que a “criatura”, de “ar sonso”, “não prestava”. “Tutelou a venda do JM, que critica”, aponta ainda Jardim, que agora recomenda: “Aturem as tentativas de pôr uns contra os outros em ano eleitoral, com as habituais novelas de Lisboa neste período”. E termina questionando: “Ele já não concorreu à liderança do PSD-Madeira?”

Estas convulsões internas no PSD-M surgem num quadro de grande crítica e instabilidade política regional, em que a realidade madeirense tem motivado diversas reportagens pela comunicação social do continente.

Pouco tempo depois de reportagens do Expresso e da CMTV denunciando a Madeira como a ilha onde a droga psicoactiva “bloom” faz estragos terríveis, acentuando a pobreza, a insegurança e a exclusão social, a revista Sábado publicou uma relação dos políticos portugueses “mais ricos”, apontando personalidades do PSD-Madeira como Sérgio Marques, Miguel Albuquerque, Pedro Calado, Sara Madruga da Costa ou  Patrícia Dantas.

Entretanto surgiu esta nova polémica com uma reportagem do DN-Lisboa sobre “Os gajos” que tramaram Jardim, os milhões de obras “inventadas” e os governantes “afastados” por empresários”, com declarações de Sérgio Marques, de Alberto João Jardim, de Miguel de Sousa, Pedro Calado e outros “notáveis” social-democratas.

E entretanto, para completar a imagem pouco abonatória da vida política regional, surge no Correio da Manhã a notícia de que Paulo Cafôfo, actual secretário de Estado das Comunidades e ex-edil funchalense, está a ser investigado como um dos visados num alegado esquema de viciação de contratos públicos em autarquias da Madeira. O MP investiga, mas Paulo Cafôfo já se apressou a desmentir.