Socialistas dizem que Albuquerque falha na resolução dos problemas dos madeirenses

À entrada para o último ano de mandato, o PS assegura que manterá uma postura de alternativa, apresentando “propostas estruturantes” que considera serem importantes para a mudança do modelo de desenvolvimento imposto por PSD e CDS, mas sem abdicar de fiscalizar a actividade governativa e denunciar as “falsidades e mentiras” do Governo Regional.

Numa conferência de imprensa junto à Assembleia Legislativa da Madeira, Rui Caetano referiu que o PSD e CDS “fizeram promessas antes das eleições, que puseram no seu programa, não cumpriram e estão agora a fazer as mesmas promessas, tentando enganar os madeirenses e fazendo de conta que estão a apresentar grandes novidades, quando afinal estavam no programa de governo e não tiveram capacidade para as cumprir”.

Os socialistas entendem que os problemas centrais da Madeira e agudizaram nos últimos 4 anos, com as listas de espera na saúde a duplicarem e que 80 mil madeirenses vivem já em risco de pobreza e exclusão social.

O líder parlamentar do PS lamenta ainda que as verbas do PRR para a habitação abrangerão apenas 30% das 5 mil famílias à espera de uma casa, algumas delas há mais de 15 anos, frisando que cada vez existem mais pessoas em situação de sem-abrigo na Região, consequências de um modelo de desenvolvimento esgotado e que não oferece qualidade de vida a quem trabalha na Madeira.

Devido a isto, mais de 17 mil madeirenses fugiram da Madeira nos últimos dez anos, por não terem condições para constituírem família e desenvolverem os seus projectos na Região, o que demonstra que o Governo Regional falhou redondamente na implementação de medidas estruturantes e de futuro.

“Daqui a dias, a Quinta Vigia irá abrir a sua cantina para voltar a servir promessas cheias de nada, através da sua propaganda, através da mentira, para fazer de conta que, agora sim, vão resolver os problemas dos madeirenses”, criticou Rui Caetano, “mas os indicadores são claros e as famílias sabem as dificuldades que sentem, que este Governo não foi capaz de resolver e que volta agora a prometer”.