No dia em que foi anunciada pela Câmara de Santa Cruz a reabertura da Praia dos Reis Magos, após várias ocorrências de poluição das águas, o FN foi encontrar, às 20 horas, esta imundície naquele local, um dos mais aprazíveis que conhecemos para dar um mergulho e simplesmente estar à beira-mar. E de modo algum esta é uma crítica direcionada. Apenas uma constatação da realidade. O banhista madeirense passa o tempo a fugir à porcaria. Ora vai ao Lido, está lá porcaria, ora no Clube Naval, porcaria, ora na Ponta Gorda, porcaria, na Barreirinha, na Doca do Cavacas, na Praia Formosa, em Câmara de Lobos, etc., etc.

Todos os Verões quem gosta de passar pelo fresco da água marinha tem de andar de Herodes para Pilatos para fugir à constante presença da malfadada porcaria nas águas. Um problema que se arrasta há décadas e para o qual as múltiplas entidades responsáveis nunca conseguem encontrar uma solução. No caso particular dos Reis Magos, actualmente cheios de turismo estrangeiro, pode imaginar-se como imagens destas se fixam na retina. A imundície flutuante, ainda por cima, apresentava-se “convidativamente” mesmo à beira das escadas do cais poente.

Continua a aguardar-se intervenção divina, diz o FN com um sarcasmo amargo, para que deixe de existir tanta sujidade no litoral madeirense…