Vedação degradada do porto do Funchal aguarda recuperação há 5 anos

Rui Marote
A vedação do Porto do Funchal está a degradar-se cada vez mais. Isto apesar de a APRAM apelar ao voto na Madeira como “melhor destino de cruzeiros da Europa”. Há cinco anos que aguarda recuperação.
Dezenas de braçadeiras de plástico vão mantendo os módulos da vedação de pé.
Antigamente não existiam barreiras a separar os visitantes locais do porto dos passageiros à chegada  dos navios de carga e de cruzeiro. Os madeirenses assistiam às manobras de atracação a escassos metros e ao desembarque de passageiros junto ao portaló. Mas tudo mudou, as normas de segurança internacionais actualizaram-se. Particularmente depois do atentado de 11 de Setembro em Nova Iorque, o mundo deixou de ser o que era. A segurança foi reforçada em todos os aspectos, incluindo o marítimo.
Hoje a Pontinha, cais sul, encerra a partir do túnel quando esteja atracado qualquer navio de cruzeiro, não sendo possível assistir ao embarque e desembarque de passageiros.
Embora exista uma barreira de separação, a mesma há mais de cinco anos (já da anterior administração) tem a malha da vedação bastante degradada, pelo que ao longo do percurso alguém se poderia, talvez, facilmente introduzir-se na área reservada.
A obra que já esteve orçada em 200 mil euros. Hoje esse valor deve custar o triplo…
Esta última administração portuária, e durante o período de pandemia, esteve com as mãos largas em melhorias naquela zona portuária, de milhões de euros. Porém, as nossas fotos são elucidativas do estado em que encontra esta barreira física.
Há que não esquecer que de um momento para outro e quando menos nos espera pode verificar-se a visita de inspectores internacionais em matéria de segurança, podendo eventualmente penalizar a nossa porta de entrada marítima.
Um porto é como um navio, mas fixo em pleno oceano: a manutenção tem de ser vigiada diariamente. Se assim não for o barco” afunda-se”. Atente-se que os navios estão sempre a serem pintados e a serem alvo de manutenção, seja no mar, seja nos portos.