Iniciativa Liberal comenta urgências do Bom Jesus

A Iniciativa Liberal considera que a saúde tem uma dimensão política, como o são todas as actividades humanas. A saúdem diz o partido, é política porque uns, infelizmente, lhe têm acesso mais facilitado do que outros; é política porque as suas determinantes sociais resultam de decisões políticas que todos condicionam; é política porque é um direito humano inalienável; é política porque o exercício do poder é feito sobre um vasto sistema político, económico e social.

“Por isso defendemos em 2019 que a saúde precisa de uma moratória que permita o empenho de todos, acima dos manuais ideológicos, e vigore por mais do que uma legislatura. Quando a Iniciativa Liberal apresentou o seu programa, deixámos bem claro que o que lá ia, podia ser aproveitado por quem quisesse e constatasse nas nossas propostas algum mérito. Eram quase 100 páginas de propostas”, refere um comunicado.

Porém, “muito poucos leram o que lá estava. Deixamos aqui um ponto, que em função dos últimos acontecimentos, se nos afigura pertinente: ” É evidente a necessidade da criação de unidades de Serviço de Atendimento Permanente (Santo António e Bom Jesus) estrategicamente localizadas de modo a evitar a habitual sobrecarga do Serviço de Urgência do Hospital Central. As urgências não podem ser a porta de entrada do nosso sistema de saúde.”

A IL, no entanto, diz que o que agora foi implementado pelo SESARAM no Centro do Bom Jesus, “não é bem o que propúnhamos”.

“Aos SAP competiria o efectuar a triagem e enviar para o Serviço de Urgência do Hospital Nélio Mendonça o que fosse verdadeiramente urgente. Tudo o resto ficaria a seu cargo. Obviamente que casos há que demonstram a evidência de seguirem de imediato para o hospital. Assim, a prestação de cuidados de saúde às diferentes necessidades urgentes teria a adequação necessária, não sobrecarregando serviços e valências”.