IL diz que instalação da Invest Madeira no Savoy é “time-sharing” pago pelos contribuintes

A Iniciativa Liberal veio comentar uma notícia avançada pelo FN, a 27 de Abril, quando se ficou a saber que o Governo Regional arrendara um espaço no Savoy Palace, “para aí instalar serviços de natureza ainda não definida. Parecia uma coisa: alugue agora e depois logo se vê para quê”, refere ironicamente o partido.

“O valor do aluguer é, no total, de 438.063,12€, derramados por seis anos. Desconhecemos o tamanho do espaço, mas não deve ser pequeno, pelo preço e por ocupar dois pisos.
No dia 30, fez-se luz. O Sr. Presidente do Governo Regional anunciou, na inauguração das novas instalações de uma empresa, que o espaço se destinava a uma coisa, aparentemente, pomposa: “a estrutura de missão dedicada à internacionalização e investimento, o Invest Madeira”. Miguel Albuquerque justificou o aluguer por este ser um espaço privilegiado. E disso não temos dúvida nenhuma”, continua a ironizar a IL.

“Em Fevereiro deste ano foi anunciado que a entidade teria um novo “figurino”, designando-se Invest Madeira – Internacionalização e Investimento Externo, e teria três sócios: a Secretaria Regional da Economia, a ACIF e a SDM. Passou a ser uma associação de direito privado, sem fins lucrativos.
O Governo Regional, sócio maioritário da parceria, investiu 438.063,12€ em rendas, para montar um escritório para uma estrutura de atracção de investimento externo, na jóia da coroa do empresário regional com maiores investimentos no sector imobiliário e que pretende, por essa mesma razão, atrair investimento externo. É isto, não é?”, questionam os liberais, que porém acrescentam que
“Isto tresanda a uma espécie de escritório de “time sharing” pago pelos contribuintes”.

“Já agora, e a talho de foice, como podemos saber quanto e que categoria de investimento, atraiu a versão anterior do Invest Madeira desde a sua criação em Outubro de 2016? É que aparentemente não se tem visto nada de especial. Não estamos em crer que a fúria inauguracionista do Presidente do Governo (pequeno comércio, restauração, retalho, snack bares, etc) seja o resultado estonteante do trabalho desta “estrutura de missão”. Mais uma coisa cujo resultado convém que esperemos sentados”, conclui a Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal Madeira.