Buzinas fizeram-se ouvir frente à Quinta Vigia: PSP reagiu com grande presença

A denominada “Comissão Regional Contra o Aumento dos Preços” emitiu uma saudação a todos os madeirenses que participaram hoje às 18h, no Funchal, junto à Quinta Vigia, num “buzinão” de protesto contra o aumento dos preços na Região.

“Esta iniciativa  que contou com a adesão massiva da população é uma acção de protesto contra a crescente escalada de preços. Nesta primeira iniciativa  o protesto centra-se no aumento dos preços dos combustíveis”, pode ler-se num comunicado enviado à nossa Redacção.

“Com os aumentos dos preços da gasolina e do gasóleo na Madeira e no Porto Santo colocam-se maiores dificuldades às populações, sem que o Governo Regional da Madeira se mostre capaz de fazer com que a Autonomia permita defender os direitos das populações”, critica-se.

“O aumento dos preços dos combustíveis dá força à necessidade de vir para a rua e protestar. Os combustíveis que estão a aumentar são um, de entre muitos outros exemplos, dos casos mais gritantes de como o Governo Regional nada faz para que não se agravem os problemas sociais e económicos nesta Região”, reza este movimento de cidadãos, que considera que “são muitos os motivos para protestar”.

E acrescenta que o Governo Regional tem poderes para fixar preços máximos nos combustíveis, no gás e nos produtos alimentares, para além de ter capacidade de reduzir a carga fiscal.

“Este buzinão foi a primeira de muitas iniciativas que pretendemos realizar para exigir que o Governo Regional  utilize os seus poderes para impedir a escalada dos preços”, promete-se.

Entretanto, a imprensa regional dá conta de que o organizador da manifestação foi identificado pela Polícia de Segurança Pública. Em vídeos do ocorrido é possível ver que o mesmo foi interpelado pela PSP que lhe disse que “tinha o direito de se manifestar, mas devidamente autorizado”, o que gerou protestos de falta de “liberdade” de manifestação por parte do organizador e das pessoas presentes. Entretanto, as buzinas dos automóveis faziam-se ouvir ruidosamente. A presença policial no local foi grande e reagiu procurando dispersar a manifestação de descontentamento dos cidadãos.