Sérgio Marques quer círculo eleitoral para a Emigração

A coligação PSD/CDS “Madeira Primeiro” defendeu, nesta quarta-feira, no Porto Moniz e pela voz do seu cabeça-de-lista, Sérgio Marques, a criação – através de uma Lei Nacional, no âmbito das alterações à Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa Regional – de um círculo eleitoral que eleja dois representantes da comunidade madeirense espalhada pelo mundo, aberto, precisamente, à votação da Diáspora.

Uma medida que Sérgio Marques assume ser complexa e sensível, do ponto de vista jurídico, mas que, ainda assim, considera fundamental no quadro do reconhecimento que a candidatura “Madeira Primeiro” quer fazer valer a todos os emigrantes, envolvendo-os na política e, de forma ainda mais activa e representativa, nas decisões que venham a ser tomadas com vista ao futuro da Região.

“A Madeira, tal e qual como a entendemos, só faz sentido se for encarada desta forma, contando com todos os madeirenses que estão cá, mas, também, com todos os que partiram e que, independentemente do local onde vivem, têm de sentir-se representados na nossa Assembleia Regional e isso depende da Assembleia da República”, disse, na ocasião, o cabeça-de-lista, assumindo o compromisso de fazer avançar este dossiê assim que eleito ao parlamento nacional.

Sérgio Marques entende este reforço da representatividade da emigração na Assembleia Legislativa Regional como “um passo fundamental no reforço da nossa Autonomia – que devemos fazer valer de forma global – mas, também, como uma medida que vai ao encontro daquela que é uma ambição expressa, há muito, pelas nossas comunidades”.

“O Governo da República, infelizmente, tem vindo a demonstrar pouca sensibilidade quanto às nossas Comunidades, quer no seu acolhimento e integração, quer do ponto de vista das condições e serviços que lhes são prestados nos Países em que vivem ou mesmo nas ligações que deviam existir ao nosso País e nós, pelo contrário, defendemos mais valorização, mais aproximação e mais integração e esperamos que, o próximo Governo a ser eleito a 30 de Janeiro, partilhe desta nossa visão”, concluiu.