Legislativas 2022: “O PAN vem trazer à sociedade portuguesa uma actuação onde a ética é o polo orientador”

Joaquim Sousa é o cabeça de lista do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), pela Madeira, às Legislativas Nacionais de 30 de janeiro.

FUNCHAL NOTÍCIAS: Com que objetivos o PAN concorre pelo círculo da Madeira?
JOAQUIM SOUSA: O PAN apresenta-se a estas eleições legislativas como a grande alternativa de governação. É o partido que rompe com o “mais do mesmo” e coloca no debate político temas cruciais.
Vivemos um momento decisivo: é a última década para travar o aumento de temperatura e cumprir a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
A crise sanitária que atravessamos demonstra-nos que a saúde do planeta e a saúde humana estão interligadas.
Precisamos romper com os atuais modelos económicos de produção e de consumo e avançar para um desenvolvimento que respeite a finitude dos recursos e que garanta a proteção e a regeneração dos ecossistemas.

FN: Quais são as cinco principais medidas que merecem ser defendidas na Assembleia da República?JS: As medidas a defender na AR terão, prioritariamente a ver com a defesa do Ambiente, dada a emergência climática em que vivemos. Teremos que taxar fortemente as indústrias poluidoras e criar incentivos para a transição para as energias não poluidoras.
A Saúde será também uma área que é necessária uma intervenção que coloque o SNS no seu devido lugar, isto é, ao serviço da população e de forma atempada, reforçando-o com mais profissionais e mais meios;
A Educação pública, que constituindo-se como elevador social, exige que se tenha uma aposta forte, valorizando a profissão de professor, remunerando melhor os professores, para que a carreira atraia os melhores. Na educação só podem estar os melhores, pois para termos bons profissionais noutras profissões temos de ter bons professores;
A Mobilidade, que é essencial no modelo de sociedade instituída, implementando uma boa e confortável rede de transportes públicos, onde gradualmente venham a ser gratuitos;
E por fim uma Economia verde e ao serviço das pessoas e não das empresas e corporações.

FN: Quem são os seis candidatos efectivos do PAN?
JS: Sofia Nóbrega – Margarida Magalhães – Válter Ramos – Hugo Olival – Nelson Almeida – Joaquim
José Sousa

FN: Quanto vai gastar o PAN-Madeira nesta campanha?
JS: A campanha a nível regional será financeiramente contida, não só porque os recursos são escassos, mas também porque temos de respeitar os cidadãos que cada vez mais vivem com dificuldades e seria um insulto, se dinheiro houvesse, nesta altura estar a gastá-lo em campanhas eleitorais. A aposta será o contacto pessoal e as redes sociais.

FN: Para ser eleito são precisos entre 14 a 15 mil votos. Com 16 forças políticas a concorrer que hipóteses tem o PAN?
JS: A votação será exatamente aquela que os eleitores da Madeira e do Porto Santo entenderem em
função da situação atual.
A avaliação que os eleitores têm de fazer em nosso entender é: com os partidos do chamado arco da governação, substancialmente muda alguma coisa? O passado mostra-nos que não. É o vira o disco e toca o mesmo. O contrário se passa com os partidos novos e ainda pequenos cuja genuína vontade é mudar, mudar para melhor a vida dos portugueses. Acabar com os tachos e tachinhos e trazer à governação as causas que todos anseiam, mas que os partidos tradicionais, tão empenhados que estão em manter os seus boys e girls no poder, não lhes interessa mudar, pois isso significaria o seu fim. O PAN vem trazer à sociedade portuguesa uma actuação onde a ética é o polo orientador. Onde a paridade é genuinamente para cumprir, onde os idosos, esses repositórios de sabedoria têm de ser valorizados, onde os animais são para ser tratados como seres sensientes, alargando esse conceito aos que não são de companhia. O PAN vem também trazer uma ética ambiental, onde a natureza que no passado já foi vista como aquela que nos acolhia, seja na actualidade acolhida pela sociedade, tratando-a com toda a dignidade e respeito. Neste domínio é o mínimo que se pode fazer pelas gerações futuras.
E sustentabilidade é isso. Assegurar o futuro das gerações vindouras, em harmonia com o meio ambiente, do qual todos fazemos parte.