MPT critica condução da economia da Região

O MPT emitiu um comunicado afirmando que, tal como o Plano Regional da Pobreza “não quer compreender que a falta de dinheiro é essencialmente o factor controlador da pobreza, o Plano Regional do Emprego não quer compreender que o factor limitador do emprego e das condições de trabalho é a economia regional”.

De acordo com o coordenador do MPT na RAM, Valter Rodrigues, “se houver expansão económica haverá mais empregos (para incluir os mais desfavorecidos) e os trabalhadores terão maior força negocial para impor condições de trabalho mais justas”. 

“As medidas do Plano Regional do Emprego  (PRE) são quase todas da parte da Oferta (são formações, estágios, e apoios) e podem ser avaliadas com o seguinte exemplo: sem se perceber bem para quê, o PRE quer pessoas com mais formação profissional. A medida proposta para satisfazer este objectivo é formar mais trabalhadores… sem ter em conta se a economia regional os consegue utilizar. Se pelo contrário houvesse uma actividade económica que precisasse de certo tipo de trabalhador qualificado, ao pagar bem por esses trabalhadores, muitos se qualificariam nessa área”.

O MPT defende, portanto, uma certa condução da economia, ao contrário do liberalismo puro; não é só permitir o investimento, ou apoiá-lo; é preciso que o Governo Regional escolha uma actividade económica – um cluster- capaz de rivalizar com o Turismo, como por exemplo, a substituição de produtos (energia de fonte renovável, reciclagem, géneros alimentícios, vinho, …). À volta dessa indústria irão crescer novas empresas que criarão emprego e a competição por trabalhadores melhorará as condições de trabalho e diminuirá a pobreza, preconiza o partido.

O MPT já por várias vezes defendeu as actividades de descarbonização total da economia e a aquacultura em alto mar. E diz-se “farto de políticas que colocam os cidadãos a pedinchar para poderem ser felizes, de modo a condicioná-los como Maquiavel sugeriu: “Assim, um príncipe sábio pensará em como manter todos os seus cidadãos, e em todas as circunstâncias, dependentes do Estado e dele; e aí eles serão sempre confiáveis.”