Executivo de Santa Cruz aprova Orçamento e rebate críticas da oposição

O Orçamento da Câmara Municipal de Santa Cruz para 2022 foi aprovado com os votos da maioria JPP, os votos contra da Coligação Cumprir Santa Cruz e com a abstenção do PS.

Antes da aprovação foi feito um longo debate, com o JPP a acusar a oposição de fantasiar e discutir vírgulas, não tendo a coragem de reconhecer o trabalho que vem sendo realizado e a circunstância de hoje o Tribunal de Contas não ter nada a apontar aos orçamentos municipais, ao contrário do que acontecia antes de 2013, refere um comunicado do executivo.

Filipe Sousa garantiu que desde 2013 a actuação na autarquia tem sido transparente e responsável e que isso está vertido no actual orçamento, que é um marco histórico por não ter dívidas a fornecedores, e por apresentar uma despesa 50% abaixo do limite de endividamento, quando em 2013 era 300% acima desse limite.

Este é, além disso, um orçamento que responde aos eixos estratégicos da sustentabilidade ambiental, coesão social, coesão territorial e Marca Santa Cruz, afirma-se.

Quanto às propostas e críticas da oposição, Filipe Sousa acusou a Coligação Cumprir Santa Cruz e o PS de baterem sempre na mesma tecla e de apresentarem propostas que já estão a ser cumpridas, nomeadamente em políticas de apoio à juventude.

Como exemplo, citou as bolsas de estudo, que já chegaram a cerca de três mil estudantes, num investimento de três milhões de euros. “Estamos bem perto do valor que o  Governo Regional assume para toda a Região e ainda nos vêm acusar de não apoiar a juventude”, ironizou.

O edil santacruzense afirmou que há oito anos que a Câmara  de Santa Cruz cumpre as máximas da transparência, legalidade e equilíbrio  financeiro.

“Não há ninguém que possa pôr em causa o respeito integral destes três princípios, como  tem sido reconhecido pelo Tribunal de Contas”, realçou, salientando que tudo isto tem sido feito sem comprometer o investimento.

“Lamento que não exista ninguém da oposição que reconheça o  que estamos a fazer na eficiência energética, no combate às perdas de água e no investimento em todas as freguesias do concelho. Não há nenhum deputado que  tenha a decência de reconhecer isto, só identificam vírgulas, rubricas e pontos”, declarou.

Por parte do JPP, Élvio Sousa vincou que este é um orçamento de responsabilidade, rigor financeiro e gestão equilibrada, assente  num projecto sustentável. Salientou, por outro lado, e denunciando a “demagogia” da oposição, que o valor do Orçamento de Santa Cruz, que é de 24 milhões de euros, corresponde ao que o Governo Regional gasta com “tachos e nomeados políticos”.

Recordou ainda ao PSD, e sobre as acusações de que o JPP também faz dívida, de que a dívida de 16 milhões que consta neste orçamento ainda foi contraída pelo PSD.

Também Raul Ribeiro, do JPP, criticou a demagogia e mentiras da oposição, citando Eça de Queirós. Disse que as críticas da oposição caem “sobre a nudez forte da verdade” como “um manto diáfano da fantasia”.

Na reunião da Assembleia Municipal foi ainda aprovado um voto de pesar pela morte de Luís Calisto, três votos de louvor a Sílvia Vasconcelos pela defesa dos animais, dois votos de louvor a Leonardo Jardim e Diogo Dias pelas conquistas na Liga Asiática. Foi ainda aprovado um voto de congratulação pela excelência e exemplo do programa de apoio às pequenas cirurgias de Santa Cruz.