Calado quer um Funchal Jazz mais popular e comercial; haverá mudanças também na Feira do Livro

O edil do Funchal, Pedro Calado, quer mudar o Funchal Jazz. E já vai dizendo ao que vem. Diz que o festival jazzístico que situou a cidade nos melhores circuitos internacionais, nos últimos oito anos, sofreu alterações que o tornaram “muito técnico” e “muito restrito em termos de conhecimentos musicais”.

Por isso quer torná-lo “mais popular mais aberto, mais comercial”. Pretende, por outro lado, que seja mais dilatado no tempo “fazendo uma semana de jazz em vários sítios, havendo a possibilidade de um concerto mais intimista, mais reservado aos grandes apreciadores do puro jazz e um evento mais popular, grandioso, a culminar num sábado à noite em que as pessoas se sentissem mais envolvidas”.

“A Madeira tem de estar aberta a todos os grandes artistas, mas em primeiro lugar temos de proteger os nossos”, opina. Diz recusar-se a “fazer eventos para privilegiar os que vêm de fora em detrimento dos nossos artistas”.

As declarações foram produzidas numa visita à Feira do Livro, que disse também querer mudar no próximo ano, envolvendo mais “as crianças e jovens das escolas”. Também em relação ao certame disse que tem de estar mais virado “para nós, para os grupos madeirenses, para os jovens artistas”. “Fazer eventos para privilegiar os que vêm de fora em relação aos nossos, não”, sentenciou.