Campanha dos finalistas do “Liceu” sai à rua com explosão de entusiasmo e passando por cima das regras pandémicas

“Vota Maria” e “Vota Manel”. Foi com este estribilho que hoje, à entrada da Escola Secundária Jaime Moniz, os estudantes arrancaram a campanha eleitoral para a eleição da comissão de finalistas, com o entusiasmo de outrora e indiferentes ao distanciamento e ao uso de máscara. Na hora da festa, e com a adrenalina da juventude ao rubro, as regras diluem-se facilmente.

Uma explosão de euforia que transbordou mesmo para a via principal, antes da primeira aula da manhã, com os jovens a defenderem os seus candidatos de forma aguerrida, munidos de cartazes, tarjas e buzinadelas. Era visível a felicidade estampada nos rostos dos estudantes, há muito sedentos de uma festa deste timbre, que está cancelada há dois anos consecutivos.

Contrariamente ao que ficou acordado com o conselho executivo da ESJM, por ambas as listas candidatas (A, de Maria Manuel Mendes Pontes de Sousa, e B, de Manuel António de Ponte Rodrigues), a campanha eleitoral ao longo do dia de hoje não se ficará apenas pelas sessões de esclarecimento, que terão lugar na sala de conferências, entre as 13h30 e as 16h00, para as diversas turmas de 12 ano, mas transbordou, à responsabilidade dos jovens, de forma efusiva e sem medo da pandemia para as ruas adjacentes ao Liceu.

Em questão está a eleição da comissão de finalistas, cuja votação decorre amanhã, entre as 09h30 e as 14h00. Os moradores vizinhos já não estavam habituados a este histórico barulho, de sucessivas gerações de finalistas que passaram pelo “Liceu”.

A oportunidade destas manifestações, ainda em contexto pandémico, divide as opiniões. Para alguns, ouvir os jovens nesta festa de defesa das suas cores, com aguerrido entusiasmo, é sinal de que, finalmente, tudo está a voltar ao normal e até dizem que o pior é ter jovens trancados e isolados pelas regras que depois transportam para a escola fobias cada vez mais crescentes, como crises de pânico e outras patologias.

Outros consideram que as manifestações, sem distanciamento e sem máscara, mesmo que os estudantes estejam testados e vacinados, num momento em que o covid está a subir na Madeira, é perigoso. No entanto, também referem que o problema está a montante, ou seja, é da responsabilidade de quem autorizou estes e outros eventos semelhantes e as respetivas festas, passando a responsabilidade para o Governo Regional.

Certo ou errado, os finalistas prometem muito barulho ainda ao longo do dia de hoje, em defesa dos seus candidatos. O entusiasmo é muito grande e a sede de vir para a rua e gritar pelos candidatos é ainda maior.