Chumbado o Orçamento de Estado; PS-M critica Miguel Albuquerque

O Orçamento de Estado foi chumbado na Assembleia da República. Votaram conta o PSD, BE, PCP, CDS, Chega, Iniciativa Liberal e PEV. Está, pois, lançada a crise política e o primeiro-ministro, António Costa, já admite que terá de haver eleições antecipadas, ou governar em duodécimos. Agora a “bola” está do lado do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Apenas o PS votou favoravelmente a proposta de orçamento de Estado na generalidade, tendo-se abstido as duas deputadas não inscritas, Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira. O PAN também se absteve.

Entretanto, o PS-Madeira já veio defender o Orçamento apresentado pelo Governo da República e o conjunto de “medidas estruturantes para fazer avançar o país e a Região, apoiando as famílias e as empresas num período crítico para todos os portugueses (,,,)”.

Para os socialistas madeirenses, “a não aprovação do OE por parte dos partidos que se fazem representar na Assembleia da República” deve-se “a meros interesses político-partidários, ao invés de assegurar a estabilidade governativa para Portugal num período tão difícil das nossas vidas coletivas. O chumbo do OE levará a eleições antecipadas onde tudo se baralha, para dar de novo, na certeza de que não poderemos ficar num impasse e à mercê dos enormes desafios sociais e económicos que nos esperam. Não podemos deixar o nosso futuro suspenso em duodécimos num momento como este”, referem os socialistas.

Esta crise política, afirmam, “prejudica a Região Autónoma da Madeira de forma grave, colocando em causa os investimentos e apoios do Estado importantíssimos para o nosso desenvolvimento, como o do novo Hospital”.

O PS diz que a “irresponsabilidade pelo chumbo do OE de 2022 fica ainda mais patente quando olhamos para o contexto económico internacional, no qual se vislumbram desafios exigentes, aos quais temos de dar resposta no curto-prazo no contexto regional, nacional e europeu”.

O comunicado assinado pelo presidente do partido na Madeira, Paulo Cafôfo, refere o seguinte:

“Não posso deixar de condenar a postura de Miguel Albuquerque em todo este processo, ziguezagueando em busca de palco político sem atender aos interesses do povo madeirense.  No espaço de uma semana, o presidente do Governo Regional afirmou de forma contundente o voto contra dos três deputados do PSD-Madeira na Assembleia da República, ambicionando uma crise política ao afirmar publicamente que “a queda do governo era a melhor coisa que podia acontecer ao país”. O mesmo Miguel Albuquerque mudou subitamente de opinião abrindo a porta à viabilização do orçamento, dizendo-se disponível e a aguardar um telefonema. Mas como ninguém lhe ligou, o presidente do Governo Regional volta à postura inicial num conjunto de declarações públicas desajustadas e que não enobrecem o cargo para o qual foi eleito”.