Para o PSD o que falta ao Funchal é um “Virgílio Pereira”

O deputado municipal do PSD João Paulo Marques disse hoje que “o que faz falta ao Funchal é um Virgílio Pereira, um verdadeiro líder que lute por uma cidade hoje infelizmente adiada”. Na sua intervenção durante a cerimónia comemorativa do 513 aniversário do Funchal, a memória de Virgilio Pereira foi evocada como alguém que deixou “um legado indelével de honestidade e de serviço à causa pública” ao qual é fundamental dar continuidade.

“Julgo que não terá havido, ao longo deste mandato, discussão tão polarizadora como a que tivemos a propósito da Frente Mar Funchal. Não há inocentes na gestão da empresa municipal, mas sabemos bem quem são os seus coveiros”, referiu, por outro lado, ao fazer um balanço à gestão municipal.

“Sabemos bem quem, desde 2013, aumentou de 43 para mais de 120 o número de trabalhadores da empresa. Sabemos bem quem foi condenado pelo Tribunal de Contas pela realização de pagamentos ilegais com dinheiro da empresa. Sabemos bem quem montou um esquema de financiamento encapotado à empresa através da compra de entradas para os complexos balneares”, disse, salientando que aquilo que “o Partido Socialista fez da empresa Frente Mar envergonha esta cidade, envergonha a tentativa fraudulenta de dissolução da empresa e envergonha, ainda mais, como colocaram em risco o futuro dos verdadeiros trabalhadores da empresa, como prometeram despedimentos colectivos, como ameaçaram deputados municipais com processos judiciais”.

Queixando-se também da fraca execução de investimentos por Miguel Gouveia, o deputado recordou por outro lado, “as mais de 60 medidas aprovadas em Assembleia Municipal e boicotadas pela Câmara, assim como o bloqueio às assembleias convocadas pela oposição, a recusa em discutir as iniciativas apresentadas por vereadores de outros partidos e a incapacidade deste Executivo em gerar consensos para a aprovação de documentos essenciais para a cidade”.

“O Funchal é hoje uma cidade adiada e reduzida a palco de esquemas partidários, onde falta investimento, falta habitação para os mais jovens, uma carga fiscal mais baixa para os pequenos empresários, uma aposta na ciência e na tecnologia, uma aposta concreta no envelhecimento saudável”, disse, concluindo que o “que faz falta ao Funchal  é um Virgílio Pereira, um Fernão de Ornelas, um verdadeiro líder”.