Dírio Ramos dispara contra “verdinhos” com atitude “criminosa” em Santa Cruz

A CDU foi este domingo ao mercado agrícola de Gaula, onde o candidato à Presidência da Câmara Municipal de Santa Cruz, Dírio Ramos, considerou que a autarquia tem desperdiçado meios financeiros que poderiam ter servido para desenvolver a agricultura.

“Quando a CDU tinha representação na AM de Santa Cruz, o JPP perdeu a hipótese de obter um financiamento europeu de cerca de 9 milhões de euros, porque a CMSC não disponibilizou cerca de meio milhão de euros para a sua parte no projecto”, acusou. “Na prática, o concelho de Santa Cruz perdeu mais de 7 quilómetros de caminhos agrícolas e prejudicou cerca de 300 agricultores e suas famílias, além das actividades turística e lúdica, que ficaram prejudicadas pela atitude criminosa do JPP”.

“Sabemos que água, desenvolvimento, ambiente e investimento não são propriamente coisas que interessem “aos verdinhos”… mas, a verdade é que em Santa Cruz são gravíssimos os problemas sentidos pelos produtores agrícolas devido à falta de água de rega”, referiu Dírio Ramos.

A CDU afirma que, desde há muito, defendeu e defende a importância da água, esse bem escasso e fundamental à agricultura.

Em Santa Cruz, para a CDU, estas são questões fundamentais: a rede de água de rega, de gota a gota, a rede de água potável e a rede de água dual não tratada para jardins, o combate ao desperdício de água na rede pública, a necessidade de poupar água, e até da reciclagem de águas residuais.

“Sempre defendemos a agricultura familiar e de subsistência, a agricultura semitropical e fruticultura, e também a agricultura biológica”, disse ainda Dírio Ramos, que acusa o JPP no governo da Câmara de Santa Cruz de “assobiar para o lado perante graves problemas”.

“Quando vê os regantes se manifestarem contra a falta da água prefere chamar a polícia para reprimir os manifestantes”, acusou.

Dírio Ramos diz que o IMT, na transacção de um terreno, de um terreno agrícola, é uma fortuna, muitas das vezes ultrapassa o valor do custo do terreno. “Mas, perante esta realidade o Município está calado, prefere receber o imposto. E se alguém reclama, dizem que a culpa é das finanças…”, ironiza.

Por outro lado, acusa o concelho de Santa Cruz de estar cimentado e não ter pulmões verdes, tendo antes “uma enorme taxa de desemprego, mas os poios e os terrenos estão abandonados”.

“O PDM está desactualizado desde 2014. O Município prefere satisfazer “os amigos” do JPP ou os senhores com capital para comprar terreno agrícola a pataco, e com a revisão do Plano transformar em agricultura de betão, para vender a milhão. Assim vai a corrupção”, acusa.