“Este homem está a ser condenado injustamente”. Esta foi a mensagem que o presidente Filipe Sousa levou ao Santo da Serra no dia em que foi tornado público que José Reis, o presidente de junta daquela freguesia, foi condenado a perda de mandato pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal. Em causa, um contrato com a Câmara de Santa Cruz, para prestação de serviços de carpintaria, a sua área profissional.
O autarca anunciou ontem que haverá recurso da decisão judicial, pois “não pode aceitar que quem trabalha para o bem da população e para o sustento honesto da sua família” seja condenado sem sequer ter direito a julgamento, enquanto que os grandes senhores que roubam milhões no país e na Madeira nunca são alvo da justiça.
Filipe Sousa afirmou que José Reis “está a ser alvo de uma grande injustiça, porque trabalha, porque cumpriu a 100% o que prometeu à população e porque há pessoas interessadas em afastá-lo precisamente por isso”.
“Não posso aceitar que quem trabalha com honestidade para a população e para o sustento da família seja julgado unilateralmente sem ser ouvido e sem julgamento por aqueles que se julgam donos disto tudo, ao mesmo tempo que o tribunal nada faz contra os ladrões que roubam milhões no país e na Região”, apontou.
José Reis, por sua vez, destacou a recuperação financeira da junta e o trabalho feito, ao mesmo tempo que lamentou a “atitude cobarde da oposição que o denunciou”. Mas, garantiu, irá recorrer, voltará a ser candidato e, com o apoio da população, “continuarei a ser o vosso presidente”. Uma posição aplaudida pela população presente no local, assegura um comunicado do JPP.
