Prepara-se projecto “Machiquo, villa quinhentista”

O projecto “Mercado Quinhentista”, da Escola Básica e Secundária de Machico em colaboração com a Câmara Municipal, não pode este ano, devido ao contexto da pandemia, desenvolver-se como habitualmente, mas quer manter viva a sua natureza pedagógica e, nesse sentido, está a projectar algumas actividades sob o tema  “Machiquo, villa quinhentista”.

“De forma a lembrar esta data tão especial para todos nós”, refere a organização, “iremos realizar nos dias 5 e 6 de Junho, entre as 15h00 e as 20h00 na baixa de Machico três exposições: 1 – No Solar do Ribeirinho estará patente a exposição “Navegadores Quinhentistas” que consiste na pintura de retratos em tamanho real de 11 dos mais importantes navegadores portugueses do século XV e que foi realizada pelos alunos de Artes da Escola Básica e Secundária de Machico; 2 . No Forte de Nossa Senhora do Amparo teremos a exposição “Instrumentos de Tortura”, que nos mostra um conjunto de instrumentos e métodos de tortura que foram utlizados em Portugal e no resto dos países da Europa durante séculos. Ao longo da exposição podem ser encontradas várias réplicas utilizadas na punição de suspeitos, acusados e condenados elucidativas dos horrores cometidos; 3. Na entrada do auditório do Fórum Machico os visitantes terão oportunidade de conhecer melhor quem foram Gonçalves Zarco, Tristão Vaz e Bartolomeu Perestrelo através da exposição “Herdeiros dos Capitães do Donatário”. Com recurso a documentos, réplicas de objetos da época, trajes e pinturas queremos dar a conhecer quem foram os homens que lideraram o processo de povoamento destas ilhas atlânticas”.

Todas as exposições, refere-se, terão a presença do multifacetado e animado grupo de teatro madeirense Bolo do Caco, que guiará e acompanhará os visitantes nestas viagens pela História.

Haverá também neste fim-de-semana no Solar do Ribeirinho dois espectáculos diários de música e teatro, às 16h00 e às 19h00, protagonizados pelos grupos continentais Albaluna e Boca de Cão. Os Albaluna são uma banda de Torres Vedras já com vários álbuns, fundada em 2010 e constituída por seis músicos.

O grupo dedica-se à pesquisa musical, histórica e cultural e à criação de composições maioritariamente originais e enormemente inspiradas pelo espectro cultural que une os povos em torno do Mar Mediterrâneo e as três culturas que definem a herança cultural ibérica. Utilizando tanto instrumentos ancestrais de várias partes do mundo como também outros contemporâneos, os Albaluna apresentam um espectáculo enérgico e repleto de aromas musicais diversos, abraçando géneros tão distintos como world music, rock e metal progressivo, folk e fusão.

De Espinho, por seu turno, vem o grupo de teatro de rua e formas animadas, Boca de Cão. Pretende, refere-se em comunicado de imprensa, dar vida à imaginação e surge do amor às artes plásticas e ao teatro de rua, iniciando o seu percurso com o espetáculo de marionetas humanas “Agostinho e Felicidade” em 2013.

Da vontade de continuar a apresentar criações específicas para a rua e de desenvolver um universo próprio de fusão da estética tradicional com a contemporaneidade, Hugo Ribeiro e Muni Joana Domingos fundam a companhia em 2015. Nesta segunda visita a Machico trazem a peça de teatro Toque de Caixa, um espectáculo para todas as idades com cerca de 25 minutos de duração.

As actividades referidas são de entrada livre e número limitado de pessoas de acordo com as regras emanadas pelo Governo Regional e as autoridades de saúde e que os espectáculos serão também transmitidos online na página do Mercado Quinhentista.

“Está assim lançado o convite para nos dias 5 e 6 de Junho reunir a família e vir até Machico, a Terra Primeira”, desafia a organização do evento.