Os representantes da Tendência Sindical do PS Madeira, Mónica Vieira, Sofia Canha e Pedro Diniz, reuniram com o Sindicato de Hotelaria, para conhecer a avaliação do sindicato face à situação laboral actual dos trabalhadores que representam. Um sector, sublinham os socialistas, muito fustigado e particularmente afectado pela paragem abrupta da economia e do turismo causada pela situação pandémica mundial, que tem afectado todos os países emissores.

A deputada Sofia Canha frisou que “as preocupações principais do PS têm sido o desemprego galopante e a instabilidade das empresas que, mesmo se mantendo ativas, não conseguem garantir nos próximos tempos, a sua sustentabilidade, podendo, por isso, provocar ainda mais impactos nos trabalhadores”. Com a agravante de que as possibilidades de emigração, neste momento, são pouco prováveis, sobretudo para o Reino Unido, mas também para outros destinos europeus”.

No entanto, fruto desta instabilidade e pressão sobre as pessoas, há muitos trabalhadores que sofrem de grandes níveis de ansiedade pela incerteza no futuro e as dificuldades no presente para pagar as suas contas, o que desencadeia quadros de doença do foro mental e psicológico preocupantes. O sindicato confirmou que há muitos trabalhadores com depressão diagnosticada.

Os representantes sindicais, lamentando por não terem sido ouvidos para a elaboração do plano de vacinação para o Covid-19, sugerem que todos os trabalhadores de hotelaria, restauração e alimentação (cerca de 4000) fossem, numa primeira fase, vacinados contra o Covid-19, pois são pessoas muito expostas e susceptíveis ao vírus, pondo em causa a sua saúde e a das suas famílias, além de serem potenciais transmissores.

O PS, concordando com a ideia, “lamenta que o Governo não tenha tomado esta opção, pois contribuiria para dar mais confiança ao destino Madeira, na escolha dos visitantes”.

A deputada aponta ainda que “as prioridades do Governo Regional estão todas trocadas”, lembrando os assessores do Executivo madeirense que já foram vacinados.

Sofia Canha conclui que “sabendo que nesta época os turistas procuraram lugares mais seguros em termos pandémicos, saber que os trabalhadores de hotéis e restauração, com quem contactam diretamente, estão vacinados e protegidos, seria uma importante condição para optarem pelo nosso destino”.