A Câmara Municipal de Santa Cruz aprovou, hoje, em reunião, dois novos programas sociais. Trata-se do programa de formação prática para a inserção e reinserção de desempregados ou pessoas portadoras de deficiência, e o Apoio Financeiro para Consultas e Realização de exames médicos, salienta uma nota da autarquia.

Este último, diz-se, vem criar mais um apoio na área da saúde, dada a falta de resposta do Serviço Regional de Saúde e as dificuldades porque estão a passar muitas famílias que se encontram sem margem de manobra financeira para recorrer ao privado. Aliás, neste âmbito, foram também aprovados hoje na reunião mais 10 apoios no âmbito do programa de apoio à realização de pequenas cirurgias, no valor de 30 mil euros.

O vereador agora independente, Arlindo Gouveia, fez questão de elogiar a política social do actual executivo, ao mesmo tempo que se manifestou “chocado” com as críticas do PSD aos apoios sociais na última Assembleia Municipal. Disse, a propósito que a posição dos deputados do seu antigo partido “revela ignorância” face ao que está a acontecer na Madeira, com muitas famílias a passarem dificuldades. “Se uma pessoa que até hoje conseguia fazer face às suas despesas se dirige a um autarca a pedir ajuda, só o acto de pedir já é de ter em conta, realçou, salientando que a Câmara de Santa Cruz está a praticar “a social democracia que o PSD abandonou, e aquilo que Sá Carneiro defendia e que o PSD parece ter esquecido”. “Se fosse para ajudar algumas empresas de amigos, não teriam a posição que tomaram”, asseverou.

Filipe Sousa também manifestou-se também “pasmado” com o PSD, que na governação foi quem criou as desigualdades actuais e as dificuldades das famílias, com a agravante de parecer desconhecer aquilo que a sua falha governativa deu origem.

Na reunião de hoje, Santa Cruz deliberou, ainda,  atribuir o nome de José de Jesus Reis ao Espaço intergeracional que será criado após as obras de ampliação e beneficiação da Escola da Achada do Barro, no Santo da Serra.