Santa Cruz aprova reforço de programas sociais com críticas do PSD

A Assembleia Municipal de Santa Cruz aprovou, hoje, o reforço do investimento em programas sociais no valor de 440 mil euros, informa uma nota da autarquia. A medida foi aprovada apenas com os votos favoráveis do JPP e mereceu críticas do PSD. Houve, refere-se, reacções imediatas, não apenas do presidente da Câmara, Filipe Sousa, como também dos presidentes de junta do Caniço e da Camacha.

O edil declarou que “era preciso o PSD ter muita lata para criticar apoios a famílias que passam por dificuldades, quando foram os obreiros de uma empresa municipal, a Santa Cruz XXI, que tinha por objectivo uma missão social, mas que nada fez e ainda pagava prémios de produtividade a quem tinha produtividade nula e acumulava funções de gestor na referida empresa com cargos de nomeação política no Gabinete do anterior Presidente”.

Filipe Sousa salientou que quem critica os apoios sociais não sabe das dificuldades porque passam as famílias, nem sabe do impacto que esta pandemia teve na vida das pessoas. “Falam dos apoios sociais e das veredas como sendo uma política esgotada e minimalista e ignoram os efeitos positivos que tais medidas têm na vida das pessoas e ignoram também a função do poder local”.

Milton Teixeira, presidente da junta de freguesia do Caniço, manifestou-se mesmo “chocado” com as declarações de Bruno Camacho, do PSD, quando este criticou a entrega de cabazes com produtos alimentares. Recordou, a propósito, que os mesmos que criticam os apoios a quem precisa, ficam calados quando o Governo Regional gasta mais de meio milhão de euros numa nova imagem, que nem se consegue ler.  As declarações foram subscritas por Pedro Fernandes, presidente da Junta de Freguesia da Camacha, que mencionou: “Só quem não tem coração pode criticar a ajuda alimentar a quem passa fome”.

Pedro Fernandes aproveitou, ainda, a oportunidade para agradecer o trabalho que a Câmara de Santa Cruz tem feito na Camacha, nomeadamente a reabilitação do Largo da Achada. Referiu que aquela era uma freguesia parada há quarenta anos, e que um dos elementos que agora promove uma petição contra a obra, com subscritores que nem sabem onde é a Camacha, tinha interesses no projecto de reabilitação que o PSD teve para o mesmo local, que era prometido todos os anos e sempre adiado, refere a CMSC.