CDS quer pressões para aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência

O líder parlamentar do CDS, António Lopes da Fonseca, exortou hoje o Governo da República, que detém a Presidência do Conselho Europeu, a pressionar os seus parceiros europeus a rectificar a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência. O centrista falava numa conferência de imprensa, no âmbito da qual considerou que, se a Presidência Portuguesa não conseguir esta aprovação e rectificação, por parte de todos os Estados-Membros, até Junho, “iremos ter muitas dificuldades para saber em que datas iremos receber as nossas tranches em termos de Região Autónoma”.

“Fala-se em datas e, na verdade, essas datas não se podem concretizar pela simples razão de haver Estados-Membros que ainda não ratificaram a decisão de 14 de Dezembro do ano passado”, alertou Lopes da Fonseca. “Se todos os Estados-Membros não rectificarem essa decisão, ninguém vai receber as verbas. Nem os cofres do Estado, nem as Regiões Autónomas”.

Finalmente, e em termos práticos e políticos, “consideramos que seria um fracasso se a Presidência Portuguesa não conseguisse a rectificação, por parte de todos os Estados-Membros, desta aprovação. E seria outro fracasso do Governo da República, com repercussões nas duas Regiões Autónomas, pois não iriam receber as verbas a tempo de as podermos derramar nos sectores sociais e econômicos que estão tão necessitados desses 770 milhões que a Região irá receber (e que já foi acordado com o Governo da República – 561 milhões a fundo perdido + 130 milhões de apoio às empresas + 79 milhões do REACT-EU)”, declarou.