PSD queixa-se de “prepotência” de Miguel Gouveia

O PSD veio hoje queixar-se publicamente da “prepotência e falta de sentido democrático do presidente de CMF”, alegando que os vereadores social-democratas viram-se mais uma vez impedidos de falar sobre assuntos que entendem ser fundamentais discutir sobre a cidade – nomeadamente relacionados com os apoios a garantir nesta fase de pandemia.

Por isso, lamentam que o Município seja liderado “por alguém que desrespeita a oposição, que governa unilateralmente e que está mais preocupado com a sua imagem do que com o bem-estar dos Munícipes”.

A vereadora do PSD, Paula Menezes, lamenta-se: “Já não bastava o facto de termos apenas reuniões quinzenais – e não semanais conforme devia ser – para que o presidente do Executivo possa assegurar a sua agenda político-partidária, agora até nos cortam a palavra quando estamos a questionar e a defender o que é melhor para a cidade (…)”

O PSD afirma que esta “uma atitude recorrente” do presidente do Executivo do Funchal, “que nada abona a favor do concelho nem de cada um dos seus Munícipes, e que chega a colocar em causa o papel daqueles que também foram legitimamente eleitos para fazer parte do Município e trabalhar em prol do bem comum”.

Referindo-se à reunião camarária de hoje da CMF, Paula Menezes diz que na mesma não só não foi aprovada a reunião extraordinária requerida pelo PSD para abordar as acusações públicas feitas pelas Associações que trabalham com as pessoas em situação de sem-abrigo à CMF e a questão da habitação partilhada, como o Executivo incluiu o que contradiz a lei e sem querer ouvir contraditório.

“Se estas reuniões de trabalho servem apenas para confirmar aquilo que o Presidente anuncia, dois ou três dias antes, na comunicação social e se resumem ao cumprimento de uma formalidade que esvazia, por completo, o papel da oposição, então efectivamente não há democracia neste concelho nem direito à opinião”, critica, reforçando que o eleitorado dos restantes partidos acaba por não ser, desta forma, respeitado.

Os vereadores do PSD alegam que tinham previsto abordar nesta reunião matérias relacionadas, por exemplo, com o impacto do COVID19 nas equipas e no funcionamento da própria autarquia, com o grau de implementação dos apoios às empresas e aos munícipes residentes no concelho, com o combate aos derrames de água e melhoria do saneamento básico, com o projecto da Ciclovia, com as pragas urbanas e, também, com o reconhecimento salarial aos Bombeiros Sapadores do Funchal, já aprovado em sede de Assembleia Municipal (ainda por implementar).