Sem-abrigo dá “escândalo” e quase parte montra no Centro Europa

Fotos: Rui Marote

Os sem-abrigo da cidade continuam a fazer do eixo Campo da Barca-Rua do Bom Jesus-Praça do Carmo a sua coutada, submetendo aos seus caprichos tresloucados cidadãos e comerciantes. O FN assistiu hoje a uma tragicomédia no Centro Europa, protagonizada por um destes indivíduos. O homem em questão, com aparente historial de furtos e mesmo fugas acrobáticas do tribunal, entrou no dito Centro Comercial com um teclado de computador debaixo do braço, obtido sabe-se lá onde. Depois de tentativas infrutíferas de obter esmola junto dos clientes de uma esplanada, subiu ao andar superior, onde pretendia, aparentemente, usar a casa de banho, algo que não compreendemos bem se lhe teria sido inicialmente negado ou não, pelos responsáveis do Centro.

O certo é que, de repente e indignado, o dito indivíduo se tornou ofensivo e violento, protagonizando um discurso ininteligível da varanda, no meio de berros e imprecações. Parecia um autêntico ditador a discursar, até que, em meio à verborreia, arremessou com grande velocidade o teclado do computador que trouxera, o qual descreveu um amplo arco antes de embater contra a montra de uma loja no andar inferior, fazendo saltar teclas para todo o lado. Felizmente a montra não se partiu…

Após esta demonstração de poder e revolta, o indivíduo ainda achou por bem desnudar-se, expondo os órgãos sexuais no local, e lá conseguiu introduzir-se na casa de banho, algo, aparentemente, que muito ansiava.

Ultrajados, os comerciantes chamaram a Polícia, que deve ter levado de uns bons 20 minutos a chegar ao local. Acabaram por chegar dois polícias seguidos de mais dois, os quais, ao dirigirem-se para a casa de banho e baterem à porta, receberam por resposta do dito indivíduo: “Estou nu!” Perante tal inopinada circunstância, aconselharam-no pacientemente a vestir-se e a sair, enquanto procuravam estoicamente suportar o cheiro nauseabundo que saía do interior do WC.

Lá saiu o indivíduo, recolheu o seu teclado do chão, confessou aos polícias que tinha sido acometido de uma grave indisposição intestinal e foi colocado em liberdade pelos agentes para seguir o seu caminho. Até à próxima acção burlesca…

Entretanto… o FN apenas continua a constatar que há uma certa classe de indivíduos que não é obrigada a cumprir normas sociais, pela indiferença das autoridades competentes. E quanto à PSP, bem… levar um indivíduo destes a tribunal quase que é uma completa perda de tempo e papelada. Ai, porém, do cidadão normal que se comporte vagamente assim… Os tribunais certamente não o pouparão.