GR quer reabrir aulas presenciais do 11º e 12º períodos; situação da vacina AstraZeneca complica

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O presidente do GR da Madeira comentou hoje, à margem de uma entrega de novos equipamentos aos bombeiros, que decorreu na sede da Protecção Civil, a decisão de suspensão da administração da vacina da AstraZeneca. Questionado pelos jornalistas sobre se esta nova situação vem complicar a vacinação na RAM, Miguel Albuquerque reconheceu que sim, mas tal como acontece, do mesmo modo, no país e na Europa. Até agora, salvaguardou, não há ainda evidência factual entre a ocorrência de embolias e a administração desta vacina. “Em cinco milhões de vacinas da AstraZeneca, houve trinta casos”, desvalorizou.

Há, referiu, que esperar pela reunião de quinta-feira, da Agência Europeia do Medicamento, para que haja uma decisão sobre esta matéria. Porém, para evitar pânicos, os países da UE decidiram, “e acho bem”, fazer um estudo exaustivo sobre esta vacina, para se chegar a uma conclusão.

A vacina da AstraZeneca, em princípio, iria ser aquela que seria administrada aos professores dos graus mais básicos do ensino, aqueles que estão a lidar com aulas presenciais neste momento, mas o Governo Regional também está a estudar a possibilidade de reabrir as aulas do 11º e 12º ano, presenciais, especialmente para os alunos que têm exames, conforme salientou o presidente do Governo Regional. Mas, para o fazer, teriam de existir condições de segurança, que passariam pela vacinação dos professores desses anos, além do restante pessoal das escolas.

Albuquerque sublinhou, no entanto, que a prioridade é sempre vacinar os doentes mais idosos, e aqueles que têm patologias associadas e são mais vulneráveis. Mas a intenção de fazer com que os alunos do 11º e do 12º ano tivessem aulas presenciais no 3º período era real. Essa decisão agora depende dos lotes da vacina disponíveis, e da decisão definitiva tomada para a AstraZeneca.

O governante voltou a apelar à população para que continue a cumprir as regras do distanciamento social, etiqueta respiratória e higienização das mãos, alertando para que a situação de controle da pandemia pode facilmente reverter-se, se houver convívios excessivos, ou se se afrouxar os cuidados.

Questionado sobre se haverá alguma alteração às medidas restritivas nos lares, onde não são ainda permitidas visitas, reconheceu que é legítimo que as pessoas queiram visitar os seus familiares idosos que lá se encontram: “penso que é humano”, reconheceu. No entanto, mostra-se sempre muito prudente e salienta que “isso é tudo muito bonito, mas o mais importante é preservar a vida das pessoas que lá estão”.