BE sublinha que as mulheres têm sido as mais afectadas pelas circunstâncias da pandemia

O Bloco de Esquerda veio salientar hoje a importância do Dia Internacional da Mulher, congratulando todas as mulheres, em particular as do BE, que tanto têm lutado pela causa feminista em defesa da igualdade de género.
“A pandemia também veio mostrar as grandes fragilidades das mulheres na nossa sociedade:  no emprego, maioria dos novos desempregados de Janeiro são mulheres (Portugal); na família, a maioria dos pedidos de ajuda no primeiro confinamento foi de mulheres; na violência, foram registadas em Portugal 683 novas queixas pela APAV só no primeiro confinamento”, refere o BE.
A ONU traz números assustadores em relação ao mundo: 15 milhões de mulheres são vítimas de violência doméstica em casa em três meses de confinamento e houve sete milhões de gravidezes indesejadas.
Para os bloquistas, falta ainda muito para a igualdade e engana-se quem acha que o Dia da Mulher não tem importância. “Nas crises as mulheres sofrem mais, as desigualdades agravam-se. É necessário manter a luta e não baixar os braços. Há que denunciar as injustiças que as mulheres sofrem, Portugal reconhece os direitos na Lei, mas a sociedade ainda fecha os olhos em muitas situações concretas”, refere um comunicado às Redacções.
“Tudo isto reflecte-se na saúde mental das mulheres: a exposição constante ao stress deixa danos muito grandes. É preciso protegê-las, muitas ficaram com os filhos em aulas em casa e a trabalhar ao mesmo tempo em teletrabalho.  Algumas perderam os seus empregos e outras aguardam abertura dos hotéis que trabalhavam, muitas incertezas”, constata o BE.