PSD abstém-se na votação ao saldo de gerência em Santa Cruz por “falta de documentação”

O PSD absteve-se na reunião da Assembleia Municipal de Santa Cruz à votação à proposta 17/2021, que integrava a utilização do saldo de gerência de 2020 para 2021, pelo facto “de não terem sido remetidos todos os elementos necessários para fundamentar e emitir uma posição de voto sobre esta matéria”.

O deputado municipal Bruno Camacho não encontra justificação para este episódio, nem muito menos para a necessidade do presidente do Executivo ter imposto a sua vontade e votação hoje, “consciente de que não estavam reunidas as condições necessárias à mesma”.

“É de estranhar que apenas tenha sido remetido o mapa da receita, estando em falta os restantes 7 anexos a que a proposta fazia referência como parte integrante, ficando assim omisso o destino que o Executivo Municipal queria dar a este saldo”, explica o deputado municipal do PSD, ressalvando que toda a documentação a ser discutida nestas Assembleias é remetida para todo o elenco que a compõe e que apenas o PSD e, posteriormente, o CDS é que detetaram a falha.

Bruno Camacho lamenta o sucedido e critica a postura do edil, que, sabendo desta omissão e da falta de documentação em causa, “avançou na mesma com uma votação pouco transparente e rigorosa com a qual não pactuamos”.

“Ainda tentámos que este ponto ficasse agendado para a próxima reunião, via Assembleia Extraordinária, mas tal proposta não foi aceite, tendo sido inclusive levantada, pelo presidente do Executivo, a suspeita de que estaríamos de má fé”, queixou-se.

A votação foi favorável por parte da JPP e do PS, tendo o PSD e o CDS, nestas circunstâncias, optado pela abstenção.