Chegámos a isto: transformar o “Melhor destino insular do Mundo” na Favela da Rocinha, do município do Rio de Janeiro, no Brasil, com mais de 100 mil habitantes, ou Kibera, o maior bairro da lata da cidade de Nairóbi, capital do Quénia. Os madeirenses continuam a ser tratados como traficantes de droga ou bicheiros.
Hoje, fomos surpreendidos por uma reportagem num matutino local de que a PSP prepara uma operação de alto risco nas “bolsas de segurança” na orla marítima para ver o fogo. A preocupação maior da PSP é a prevenção de qualquer evento que coloque em causa a paz e a segurança das pessoas, seja ameaça externa ou interna, e logo a começar por eventuais disputas de espaços que possam surgir. Os acessos serão bloqueados com viaturas policiais e com agentes fortemente armados e protegidos -colete antibalas e pistolas metralhadoras, prontos a dispersar qualquer alteração à ordem. Será que o povo ordeiro está armado para ver o fogo com a “forquilha” e o pau da “bilhardeira”?
Ordens são ordens e são para se cumprir, mas resta saber quem deu estas ordens. Se foram emanadas do comando geral da PSP ou do Funchal. As forças militarizadas estão sob a alçada do Ministério da Administração Interna e, na Madeira, do Representante da República. Isto é uma “bomba” que vai rebentar nas mãos de alguém e não será de “diabinhos” ou “beijinhos” mas de garrafa de fabrico caseiro. Nos últimos tempos, a Instituição Policia de Segurança Pública, que nos merece todo o respeito, tem, por conta dos seus responsáveis (linha dura), feito manchetes, com acontecimentos que têm levado o ministério da tutela a abrir inquéritos. Resta saber se vão rolar cabeças, aguardemos. Que a Paz e o bom senso estejam convosco…
Vamos todos acatar o apelo do secretario regional do Turismo, Eduardo de Jesus: fiquem nas suas casas e vejam na rádio o fogo… Afinal, somos todos cegos.