O vice-presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, esteve hoje na entrega de prémios escolares relativos à Zona Franca industrial, uma oportunidade para criticar o “frete” que entende que o governo da República fez aos partidos da esquerda que serviram para aprovar o Orçamento de Estado, comentando a proposta do governo de António Costa para o CINM. As empresas da Zona Franca, avançou o jornal “Público”, só poderão beneficiar de IRC reduzido, a 5%, nos lucros cujas actividades foram realizadas na RAM e se os trabalhadores tiverem residência fiscal na Madeira. Calado nã0 está satisfeito e vai apresentar uma outra sugestão ao governo central, queixando-se de que poderão haver empregos em risco de as mudanças preconizadas forem alvo de aprovação. Comentando com tristeza e negatividade, o vice-presidente disse que esperava que o Governo da República contactasse o Governo Regional, “para clarificar estas normas”.

O presidente da SDM, José Prada, considerou que Pedro Calado tem pela frente um verdadeiro trabalho de “evangelização” junto de Lisboa e Bruxelas, para os benefícios da Zona Franca, e queixou-se dos que, “por ignorância ou má fé”, têm “apoucado” a praça financeira madeirense. Para os enfrentar, considerou, “será precisa muita resiliência” e “capacidade de superação”.