O presidente do Governo Regional teima em realizar o fogo-de-artifício no fim-do-ano, tal como previsto. Hoje confrontado pelos jornalistas, à margem de uma visita a uma empresa produtora de requeijão, com o facto de que no continente não haverá fogo, havendo, pelo contrário, recolher obrigatório na noite do dia 31, Albuquerque disse que estas medidas “não vão ser aplicadas” na Madeira, pois satisfá-lo o conjunto de medidas entretanto determinadas, como a cessão das actividades de restauração à 1 hora da manhã, entre outras. O governante diz que há controle das cadeias de transmissão e quer que as pessoas se possam divertir, “dentro dos parâmetros que estão estabelecidos”.
Se for necessário apertar as medidas de contenção, admite, tal será feito, “mas neste momento não é necessário”.
Albuquerque diz que sempre assumiu as responsabilidades, que “não há que entrar em histerias” e que neste momento está a dar-se um aumento, com 17 camas ocupadas já no Hospital por causa do Covid-19, mas que isso era “expectável” nesta altura. Continua a recomendar cuidados por parte das pessoas, inclusive nos convívios familiares. Diz por outro lado que está a haver maior cumprimento das regras por parte dos bares, inclusive fora do Funchal.
Referiu-se, ainda a um piloto automobilístico nacional, Miguel Campos, que veio dar um seminário à RAM, não esperou pelo resultado do teste, conviveu com pilotos regionais e entretanto acusou positivo, como um exemplo de “irresponsabilidade absoluta”. A notícia do caso do piloto foi avançada pela RTP-M, que diz que ao curso se seguiu ainda um convívio com os pilotos regionais no Garajau, até muito depois das 23 horas. O Governo Regional ainda vai ver, segundo Albuquerque, se instaura um processo-crime ao dito piloto. “Eu falei nisso porque isso é um bom exemplo do que não se deve fazer”, disse Miguel Albuquerque.
Entretanto, em Machico, um concelho em risco, “tem uma duas cadeias identificadas”, mas não justifica medidas extraordinárias.
Quanto aos atrasos do segundo teste de que várias pessoas se têm queixado, na convocação para o segundo teste à chegada da Madeira, desvalorizou as queixas, pois já equipas a trabalhar exaustivamente, e tem de haver compreensão com as queixas, mas também por parte dos queixosos.
Entretanto, todavia, anunciou que dará uma videoconferência, agendada para a próxima segunda-feira, 21 de Dezembro, às 17 horas, eventualmente anunciando novas medidas.
Na conferência de imprensa, via videoconferência, a partir da Quinta Vigia, será feito um balanço das medidas tomadas ao longo dos últimos tempos e anunciadas as novas medidas a vigorar na quadra natalícia e no fim-de-ano, no âmbito do controlo da pandemia e da salvaguarda da Saúde Pública e da vida dos madeirenses e dos porto-santenses, refere o GR.
