José Manuel Rodrigues visita “ACA” e exprime preocupação com os sem-abrigo

Cerca de 120 pessoas vivem nas ruas da cidade do Funchal, e essa questão preocupa o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, refere uma nota de imprensa. Este responsável visitou hoje a Associação Conversa Amiga (ACA), que trabalha em prol dos sem-abrigo e, na sequência do encontro, mencionou “um problema social que temos que atalhar nas suas causas para depois não termos as consequências na comunidade”.

O presidente do parlamento madeirense elogiou o trabalho feito pela Associação Conversa Amiga e destaca os projetos de ‘Cacifos’, o ‘Correio Solidário’, que permite às pessoas receberem correspondência, e a ‘Residência Partilhada’, “para dar alguma autonomia num processo de transição entre a rua e a reintegração dos sem-abrigo”.

Perante um problema social que “a pandemia” e o consumo das novas drogas, como o bloom, vieram “acentuar”, José Manuel Rodrigues diz ser necessário “criar nova legislação de combate ao tráfico destas substâncias que têm gravíssimos prejuízos na sanidade mental das pessoas”. Apela ainda à sociedade para não hostilizar as pessoas que vivem na rua. “São pessoas que são cidadãos de pleno direito, que merecem ser apoiadas e reintegradas”, sublinhou.

Pediu ainda um maior investimento na área da saúde mental, “porque muitas destas pessoas têm depressões, que depois derivam para doenças mais graves”.

Por seu turno, Duarte Paiva, coordenador da ACA na Madeira, explicou o trabalho desenvolvido com o apoio da Câmara Municipal do Funchal e confirmou que o problema se tornou mais visível aos olhos da população “sobretudo devido ao consumo das substâncias psicoactivas e de álcool”.

A Associação Conversa Amiga apoia cerca de 120 pessoas sem-abrigo e defende mais projetos de alojamento para que a “rua não seja a única opção”, apelou Duarte Paiva. O coordenador diz ainda que este é também um problema de saúde mental que urge atender e resolver.

Esta associação, criada há 13 anos em Lisboa, está na Madeira desde 2016, onde tem dado especial atenção aos “sem-abrigo”.