Albuquerque atribui posiçâo da CE sobre a Zona Franca a pressões de outras praças financeiras

O chefe do Executivo madeirense comentou hoje a decisão da Comissão Europeia relativamente às empresas da Zona Franca, que, consideram as entidades europeias, auferiram subsídios indevidamente, pois não deram contrapartidas suficientes em termos de criação de emprego na RAM. Miguel Albuquerque disse que o Centro Internacional de Negócios da Madeira está em concorrência com a Holanda, com outras praças financeiras como Londres ou Luxemburgo ou Malta e Chipre. Daí que interprete esta decisão como fruto de “lobbys” que estão “sempre a fazer pressão em relação ao CINM”. Este responsável considerou que existem neste momento, decorrentes do CINM cerca de seis mil postos de trabalho, directos e indirectos. A Zona Franca da Madeira tem cerca de 1600 empresas, que geram, para a RAM, em receita fiscal, uns 120 milhões de euros por ano. Algo que é “essencial e imprescindível para o desenvolvimento da Madeira”. Mas, queixou-se, as praças concorrentes “estão sempre a tentar deitar abaixo” a praça financeira madeirense.

O presidente do GR criticou ainda “uns maluquinhos que andam aí à solta”, e que “querem assumir responsabilidades, a nível nacional”, mas ainda não perceberam que “este centro internacional de negócios é fiscalizado, auditado pela UE, pelo Estado português e por outras entidades”.

“Se houver rectificações que tenham que ser feitas”, declarou, elas sê-lo-ão.

O presidente do Governo Regional falava à margem de uma visita às obras da nova escola da Ribeira Brava, obras essas cuja primeira fase foi entretanto já concluída. Albuquerque disse pensar que esta escola “oferece condições de conforto e funcionalidade” quer para a classe docente, quer para os funcionários e alunos. Este, disse, é um estabelecimento de ensino moderno, e que está à altura das novas exigências do ensino. Simultaneamente, será uma escola “aberta à comunidade, uma vez que o próprio auditório vai servir o concelho da Ribeira Brava”. Trata-se de um investimento na ordem dos seis milhões de euros. Passou-se já para a segunda fase das obras que, estima Miguel Albuquerque, deverá estar concluída em Setembro do próximo ano.