Santa Cruz: orçamento com 9 milhões de investimento aprovado por unanimidade

A Câmara Municipal de Santa Cruz aprovou hoje, por unanimidade o Orçamento para 2021, que, segundo Filipe Sousa, revela, de forma clara, a trajectória que tem sido seguida na recuperação financeira do Município.
O autarca destacou que o dito percurso permitirá, em 20221, um nível de investimento de 9 milhões de euros. Referiu a propósito os investimentos no Largo da Achada na Camacha, que irá para o terreno já este ano, seguindo-se os investimentos na frente-mar de Santa Cruz, com a requalificação do mercado, a requalificação da promenade dos Reis Magos, no Caniço, a recuperação da Escola da Achado do Barro para um centro intergeracional no Santo da Serra, e a requalificação do Largo da Cerca, em Gaula.
Filipe Sousa afirmou que tudo isto é possível porque se fez um trabalho sério de recuperação financeira, recuperando a confiança dos mercados financeiros, diminuindo a dívida para os 11,8 milhões de euros, o que coloca Santa Cruz abaixo do limite de endividamento em 21,1 milhões, quando antes estava 13 milhões acima de limite. “Neste momento temos a dívida controlada e capacidade de investimento que também vai servir para reforçar uma das nossas apostas, que é o social, com maior investimento nos programas que já existem e com o lançamento de novos programas”, acrescentou.
O autarca considerou que todos devem estar orgulhosos deste percurso, “principalmente porque ele foi feito com responsabilidade e com vontade de servir o povo do concelho de Santa Cruz”.
O dito percurso foi reconhecido pelo vereador Arlindo Gouveia, agora independente e antes do PSD. O vereador lembrou que integrou a Assembleia Municipal naquele que considera ter sido “o período mais negro de Santa Cruz e que correspondeu aos 8 anos de mandato de José Alberto Gonçalves. Disse que fica satisfeito por ver o Município bem governado, o que vem dar razão ao que sempre disse a José Alberto Gonçalves: que havia uma alternativa.
“Foi um orgulho fazer parte deste executivo, porque aconteceu o que aconteceu com o meu partido, exatamente por as pessoas não terem noção do que é estar na vida pública”.
A propósito, defendeu que não se pode estar em política abstendo-se sempre, como faz o PSD na Assembleia Municipal e como queria replicar na Câmara, pois essa é um desperdício quando o poder autárquico é o único onde a oposição integra o executivo. Arlindo Gouveia considera que um dos erros dos políticos é terem diferentes posicionamentos quando estão na oposição e no poder. Um erro de base que está inserido na lógica dos partidos. “As jotas só servem para criar lambe-botas e a política partidária está cheia de nomes de famílias que nada fizeram para ajudar o povo”, sentenciou.
Uma lógica diferente tem a actual Câmara de Santa Cruz, garantiu, “que trabalha para as pessoas e sabe que a função da política é trabalhar para o povo.”