Iniciativa Liberal continua a exigir respostas para as suas perguntas sobre a Saúde

Foto Rui Marote
A Iniciativa Liberal emitiu um comunicado salientando que há um mês começou a questionar as autoridades regionais sobre os números da saúde que não se relacionem com a COVID-19. “Persiste o Governo Regional em esconder aos madeirenses essa informação, como se não fossemos merecedores de saber”, queixa-se o partido.
“Quantas consultas foram adiadas? Quantos exames foram adiados? Quantas cirurgias foram adiadas?
Será também de bom-tom, e prova de vivência democrática sadia, saber o que já está a ser feito para travar o aumento e recuperar estes números, pois com a saúde das pessoas não se brinca”, refere o dirigente Nuno Morna.
“A saúde dos madeirenses não é só COVID. Em Março, e durante alguns meses, foi decidido suspender uma série de actividades programadas para que todos os recursos e esforços se concentrassem no combate à pandemia. Alertámos em Abril para a urgência de conseguir tratar todos os doentes, COVID19 ou não, que necessitem hospitalização, com segurança, sem ter de recorrer aos esquemas implementados devido à crise. Até porque os índices de infecção na Madeira estavam, felizmente, baixos e a curva mais do que controlada”, recorda este responsável partidário.
“Sabemos que, até Outubro, morreram mais 83 madeirenses do que a média entre 2015 e 1029. Temos a noção de que será muito difícil ponderar quantas destas mortes poderão ter ocorrido devido à suspensão de actividades de consulta, exames e cirurgias. Quantos diagnósticos se encontram suspensos por causa desta “espécie de moratória” à saúde”, reflecte.
Ora, com o aumento significativo dos números na região e com a perspectiva de estarmos a chegar a uma fase de mitigação, seria bom e demonstrativo de abertura e vivência democrática, que o Governo revelasse os números em causa, insiste.
Por isso a IA volta a colocar as perguntas que se impõem: “Quantos exames complementares de diagnóstico, da medicina física e de reabilitação às análises clínicas, passando pela radiologia, endoscopia, gastroenterológica, cardiologia, anatomia patológica ou pneumologia, entre outros, foram adiados ou cancelados? Quais as quebras no recurso aos serviços de urgência nestes meses?”
“Quantos deixaram de recorrer ao hospital com problemas graves, com medo de apanhar COVID? Quantos por sua iniciativa faltaram a consultas e exames marcados? Quantas juntas médicas deixaram de ser feitas?
A que ritmo funcionaram os cuidados de saúde primários, primeira linha de combate à doença? Rastreios, exames de diagnóstico, referenciação hospitalar? Por via disto, quantos casos ficaram por identificar?
E cirurgias adiadas? E canceladas? Reabilitação? Fisioterapia?
Quantos serviços dos Centros de Saúde deixaram de ser prestados? Quantos foram encerrados e durante quanto tempo? Como estão os índices de qualidade de atendimento dos utentes?”
“Aguardamos serenamente que estas perguntas que agora deixamos, possam ser esclarecidas por quem de direito.
Os madeirenses precisam saber como está a sua saúde”, finaliza Nuno Morna.