CDS assegura que os postos dos funcionários da Frente Mar estão “salvaguardados”

O presidente do CDS Madeira, Rui Barreto, reuniu-se na tarde de hoje no Hotel Orquídea com os autarcas centristas do Funchal e com a Comissão Política Concelhia.

O porta-voz do encontro foi Gonçalo Pimenta, presidente da Comissão Política Concelhia do Funchal e líder da bancada centrista na Assembleia Municipal do Funchal, refere uma nota.

Na oportunidade, Gonçalo Pimenta salientou dois pontos fundamentais e que constam da agenda de trabalhos da próxima reunião da Assembleia Municipal que terá lugar já na próxima segunda-feira.

O primeiro ponto tem a ver com o empréstimo de 5 milhões de euros que a CMF vai contrair. Gonçalo Pimenta adiantou que a bancada centrista não irá “obstaculizar” e, inclusivamente, revelou, o CDS irá “criar condições” para que a Câmara consiga esse empréstimo que servirá para apoiar as famílias, as empresas e o comércio da cidade, nomeadamente, isentando os comerciantes que têm concessão directa da CMF do pagamento das rendas do mês de Outubro, Novembro e Dezembro. Uma proposta que já foi por diversas vezes apresentada pelo partido.

O segundo ponto evidenciado pelo autarca e dirigente do CDS refere-se à dissolução da empresa Frente Mar Funchal. “Desde 2013 até 2020 houve uma triplicação do número de funcionários”, criticou, “em 2013 tínhamos cerca de 30 trabalhadores e em 2020 temos 115 trabalhadores”.

“Gostaríamos de tranquilizar todos os trabalhadores da Frente Mar Funchal porque, de uma forma ou de outra, estarão sempre salvaguardados os seus postos de trabalho”, garantiu.

Sobre a situação financeira da empresa municipal, que actualmente conta com um passivo de quase 2 milhões de euros, o partido afirma que não vai admitir “chantagens políticas”. “Não aceitamos que chantageiem e utilizem os funcionários da Frente Mar como uma bandeira política” afirmou, garantindo que todos os funcionários serão reintegrados de uma forma directa ou no município do Funchal.

 O CDS critica também facto de em 2019 ter sido aprovada uma auditoria às contas da empresa municipal e, até hoje, não ter sido entregue qualquer documento relativo a essa mesma auditoria. Algo que poderia ter explicado o porquê de a Frente Mar estar na presente situação financeira, que levará à sua dissolução, apontam. Os responsáveis pela “gestão danosa”, acusa, são o actual presidente da autarquia, Miguel Silva Gouveia e o seu antecessor, Paulo Cafôfo.

O encontro desta tarde foi aproveitado para debater a estratégia política para o concelho e, ainda, para fazer um balanço aos trabalhos dos autarcas do CDS na vereação da Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas diferentes assembleias de freguesia do município, trabalho que vem a ser considerado como “muito positivo”.

Dada a situação pandémica, o Congresso do CDS Madeira, inicialmente previsto para 28 de Novembro, foi adiado e nesse sentido, numa etapa política na qual se vai começar a debater o Orçamento da Região, bem como os diferentes orçamentos municipais, Rui Barreto retomará as reuniões com autarcas e dirigentes concelhios, a partir de sábado, no Funchal.