O presidente do Governo Regional da Madeira disse que vai “meter na ordem” os comportamentos irresponsáveis que se verificam por parte de utentes e de responsáveis de estabelecimentos de diversão nocturna. “Não se vai repetir, de certeza, aquilo que se passou este fim-de-semana”, declarou. Comentando as críticas e as denúncias que foram feitas por vários cidadãos (e das quais o FN deu conta) alertando para o facto de que, no fim-de-semana em que se verificou a primeira morte por Covid-19 na RAM, havia magotes de jovens sem máscara nem distanciamento social a divertirem-se na discoteca “Vespas” e em outros bares da baixa citadina, o líder do Governo da Madeira criticou: “Houve pessoas na noite, quer aqui quer noutros concelhos, que acham que isto é uma brincadeira, e pensam que podem pôr em causa a saúde da comunidade. Portanto, isso vai ser tudo metido na ordem”, prometeu. “A fiscalização vai ser reforçada, e as pessoas têm de ser conscientes. Mais nada”.
Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita que efectuou ontem ao atelier da artista plástica madeirense Teresa Lobo, no centro da cidade do Funchal. Perspectivando que o mês de Novembro não será fácil, inclusive pela pandemia e pelas consequências sanitárias e económicas da mesma, o chefe do Executivo referiu que na quarta-feira falará sobre a situação, para “anunciar um conjunto de medidas novas”, que estão ainda em estudo, tendo já em conta os focos de contágio local que têm ocorrido. Diz não querer reprimir as pessoas, mas sustenta que, “numa situação destas”, as autoridades têm de ter mecanismos para controlar a situação.
Albuquerque é favorável ao estado de Emergência, que na sua opinião, já deveria ter sido decretado no país. A capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, opinou, “pode estar em risco, ao nível dos cuidados intensivos”. O presidente madeirense não quer parar a economia, mas atenuar os riscos. E voltou a sublinhar que a Covid-19 “não afecta só os mais idosos, é preciso ter atenção”.
Na visita ao atelier de Teresa Lobo, aproveitou para elogiar a artista, que considerou já “consagrada” a nível internacional, para enaltecer a obra dos artistas madeirenses e para aconselhar o público a visitar a colecção madeirense patente no “Mudas-Museu de Arte Contemporânea”, na Calheta, que considerou de grande qualidade.
