PS-M quer ouvir Teófilo Cunha no parlamento por causa de atrasos em apoios prometidos

Os deputados do PS-Madeira apresentaram, na semana passada no parlamento regional, um pedido de audição ao secretário regional do Mar e Pescas, visando esclarecer diversos problemas que afectam a área.

Hoje, na baía de Câmara de Lobos, a deputada Elisa Seixas explicou que o gupo parlamentar reuniu-se recentemente com a Coopesca, dando conta das preocupações dos profissionais do sector, em relação às quais os deputados socialistas pretendem obter respostas por parte de Teófilo Cunha. Algumas das questões apontadas têm a ver com a renovação da frota de barcos espadeiros e, eventualmente, o abate de alguns, os problemas relacionados com o funcionamento da lota e o prometido complemento salarial para fazer face às consequências da pandemia.

A deputada adiantou que o PS apresentou também um voto de protesto pela morosidade em relação à atribuição desta ajuda, recordando que “estas pessoas estão desde Março à espera de respostas”.

“apoio foi anunciado em Maio e, entretanto, já passou este tempo todo e ainda não viram um tostão que seja na sua conta”, denunciou Elisa Seixas, dando conta de que, então, foi anunciado um apoio na ordem de 1.250.000 euros.

A parlamentar recordou que, na altura, o secretário com a tutela das Pescas disse que, ao contrário da Europa, que reunia muito e decidia pouco, o Governo Regional decidia bastante. “Pelos vistos, cumpre pouco, porque já passaram imensos meses”, criticou a socialista, advertindo que “as pessoas comem todos os dias2 e não apenas a partir de Novembro.

“As pessoas cumpriram a sua parte do acordo, que era reduzirem as saídas para o mar e entregarem toda a documentação”, afirmou Elisa Seixas, acrescentando que o processo atrasou, que essa mesma documentação caducou e que estas terão de recomeçar tudo de novo. “Isto significa que os armadores, pescadores e apanhadores vão ter de voltar a pagar para terem a documentação que já tinham metido antes”, sustentou, acusando o Executivo de andar a “brincar com as pessoas e com as famílias de 750 profissionais da pesca”.