Os representantes do PSD eleitos à Câmara Municipal do Funchal anunciaram que vão avançar com uma proposta para a realização de uma auditoria externa ao processo de nomeação e demissão da administração da Empresa Municipal Sociohabitafunchal. A intenção, dizem, é a do cabal esclarecimento dos contornos que levaram à saída do seu presidente “e também a gestão que, tal como é do conhecimento público, há muito que não corresponde às necessidades para as quais esta estrutura foi criada”.

O PSD-M acha que existem “grandes contradições entre o Executivo Municipal e o Administrador da referida Empresa”, que foi nomeado e que agora é substituído, com a autarquia a negar qualquer tipo de esclarecimento sobre a matéria.

Aliás, acusam, “o Executivo Municipal recusa explicar em que é que a alteração estatutária justifica a demissão ora anunciada”. Algo que, à luz da legalidade que estes processos exigem, acaba por ser mais uma incongruência a apontar, entre “muitas outras suspeições que o dossiê levanta”.

“É contra esta falta de transparência e esta gestão pouco clara dos dinheiros públicos que, mais uma vez, o PSD se manifesta, na expectativa de que este episódio não seja mais uma encenação montada como aquela a que assistimos relativamente à Empresa Frente MarFunchal”, afirmam os social-democratas, que prometem “ir até às últimas consequências”.

“É fundamental que os Funchalenses percebam o que realmente se passa na gestão desta empresa e, acima de tudo, o porquê da mesma não corresponder à sua finalidade, atendendo à lista de espera para habitação social que o Funchal detém nesta altura”, conclui uma nota.