Susana Prada lamenta que RAM esteja excluída “dos programas do governo central”

“A Madeira foi, uma vez mais, excluída dos programas lançados pelo Governo Central”, lamentou hoje a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada, durante a cerimónia de entrega do Prémio Ambiental ZFI – 2020, promovida pela Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM).

O Ministério do Ambiente, como explicou Susana Prada, disponibilizou esta semana, através do Fundo Ambiental, uma verba de 4,5 milhões de euros para tornar os edifícios mais sustentáveis, mas à qual podem aceder apenas os portugueses do continente, tendo os das regiões autónomas ficado impedidos de se candidatarem ao programa. “É de lamentar que o Governo da República tenha criado esta semana um apoio através do Fundo Ambiental, para o qual nós contribuímos, para toda a população do continente e tenha excluído a Madeira”, considerou a governante.

O “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis” concretizar-se-á através de um incentivo operacionalizado pelo Fundo Ambiental, que se traduz no apoio a soluções para reabilitação dos edifícios com o objectivo de melhorar o seu desempenho energético e hídrico, tornando-os mais sustentáveis e gerando múltiplos benefícios (ambientais, sociais e económicos) para o cidadão. As intervenções em edifícios visando a sua sustentabilidade e a reabilitação, encontram-se entre as medidas com maior efeito multiplicador na economia, gerando emprego e riqueza a nível local e regional.

Depois de felicitar a SDM pelo incentivo às empresas para assumirem um compromisso com o Ambiente e de agradecer a estas o trabalho que têm desempenhado na protecção do Ambiente, Susana Prada referiu que “o País deveria ver a Zona Franca da Madeira como uma relevante fonte de emprego e receita para a Região e que, simultaneamente, é um excelente exemplo de sustentabilidade ambiental”.

Susana Prada aproveitou a oportunidade para recordar que os objectivos ambientais, as metas mundiais e o Acordo de Paris só poderão ser atingidos com o contributo de todos: governos, empresas, organizações não governamentais e cidadãos. Razão pela qual terminou a sua intervenção lançando o desafio às empresas de “irem ainda mais longe, de terem objectivos cada vez mais ambiciosos em linha com o Green Deal, inovando, descarbonizando a economia e preservando a biodiversidade”.