CDS só aceita discutir coligação Autárquica com o PSD em bloco(s)

Fotos Funchal Notícias.

O CDS só aceita discutir com o PSD uma eventual coligação autárquica em 2021 se a discussão for em bloco(s) e não Câmara a Câmara.

Em entrevista ao Funchal Notícias, Rui Barreto explicou os cenários que estão em cima da mesa: 1.º cenário “coligação alargada”: CDS e PSD vão a votos juntos em todas as 11 câmaras e 54 freguesias da Madeira, com o PSD a encabeçar as listas onde é poder e o CDS a indicar o primeiro nome onde é poder.

2.º cenário que qualifica de “patamar mínimo”: PSD e CDS só se coligam onde são oposição (Funchal, Santa Cruz, Machico, Porto Moniz e Ponta do Sol), sendo admissível um cenário de coligação também no Porto Santo.

3.º cenário: CDS só discute Santana se no ‘pacote’ for incluído Câmara de Lobos e Calheta. Aqui não há margem para discussões caso a caso, sendo que em Santana a indicação para liderar a lista será para o atual presidente, Márcio Dinarte (CDS) que “estás a fazer um bom trabalho”, na avaliação de Rui Barreto.

De resto, o CDS já definiu o que irá fazer na Ribeira Brava e São Vicente: Apoiar os atuais movimentos independentes liderados, respetivamente, por Ricardo Nascimento e António Garcês.

“O processo negocial [da coligação] já se iniciou, em diálogo frutuoso entre eu e o presidente do PSD, o Dr. Miguel Albuquerque”, disse. Partindo da convição de que o “acordo histórico” para o Governo Regional até 2023 “deve ser estendido às Autárquicas” que acontecem sensivelmente a meio da Legislatura.

“Seria estranho e incompreensível que dois partidos que se entenderam num projeto para todos os madeirenses não se pudessem entender ao nível local”, disse.

Rui Barreto reconhece que “há particularidades locais” que devem ser esbatidas em nome de uma “estratégia global e regional”. A auscultação dos autarcas e a ultrapassagem de “querelas” que existem ou existiram no passado deve ser o caminho que deve ser feito “com serenidade, discrição, sobriedade e compromisso” pelos directórios partidários do PSD e do CDS e também pelos seus representantes locais.

“Os dois partidos devem dar um sinal de coesão, de compromisso e de afirmação de que a coligação não foi um episódio pontual a 22 de setembro de 2019 mas que há aqui um projeto robusto”, disse.

Relativamente ao Funchal, Rui Barreto considera que os Executivos liderados quer por Paulo Cafôfo quer por Miguel Silva Gouveia desinvestiram e fizeram com que hoje a autarquia esteja “sem rumo e sem uma estratégia clara”. Diz que o atual presidente da CMF “é um homem só, sem equipa e sem estratégia”.

Não discute nomes para uma eventual coligação no Funchal, caso de Manuel António Correia, mas acha importante “juntar os melhores”, incluindo independentes.

“É muito importante ouvir as populações e as instituições das 10 freguesias do Funchal”, recomendou.