Presidente do Governo Regional responde aos críticos do uso de máscara

Instado pelos jornalistas a comentar o recente aumento de casos de Covid-19 na Madeira (são já 18) Miguel Albuquerque referiu hoje: “Quando decretámos que era fundamental usarmos as máscaras no exterior, já estávamos à espera que isso acontecesse, porque, como eu disse na altura, se nós vamos ter 140 voos por semana a partir desde mês, 70 mil visitantes; em Setembro, 80 mil; muitos destes viajantes para a Madeira vêm de países onde a Covid-19 está a ressurgir em força, veja-se o caso da França, da Espanha e mesmo da Inglaterra neste momento (…) é normal que tenhamos que redobrar as precauções”.

Por outro lado, adiantou, “é fundamental preparamo-nos para as aulas presenciais. Em Setembro vamos ter 43 mil alunos, mais 6 mil professores, e toda esta gente vai circular, com mais hipóteses de contactos. Portanto, as medidas profilácticas têm de ser reforçadas, apesar de a RAM ter neste momento “um sistema que está a funcionar bem”, com os controles à entrada dos dois aeroportos.

A Região Autónoma da Madeira não está, no entanto, totalmente a salvo do surgimento de um foco de infecção que possa proliferar e que tem de ser imediatamente controlado.

A abertura da economia, defendeu, está a decorrer sempre com uma atenção especial à prioridade, que é a vida e a saúde pública da população.

Considerando que os madeirenses têm cumprido bem com o solicitado uso de máscara, Albuquerque afirmou que as pessoas “são inteligentes e percebem”, para acusar de seguida “alguns partidos” de quererem já “fazer demagogia e tirar dividendos políticos desta situação, fazendo umas conferências de imprensa patéticas”.

“Houve uns hoteleiros também que fizeram umas declarações não muito felizes”, lamentou. Uma alusão às queixas protagonizadas por António Trindade, de cancelamento nas reservas para a Madeira por causa do uso obrigatório de máscara nos espaços públicos.

Albuquerque diz que prosseguem “contactos” tendentes a sensibilizar as autoridades dos países com mercados emissores de turismo para a Região para testarem na origem, mas diz que neste momento, a prioridade é aumentar a capacidade de testagem em Lisboa e no Porto. Em Lisboa já foi estabelecido um novo protocolo com mais um laboratório, que realizará 250 testes por dia. É intenção declarada do Governo Regional aumentar também a capacidade de testagem no norte, mais precisamente no Porto.