Candidatura de Cafôfo pretende “mudança política na Região

O socialista Paulo Cafôfo entregou, esta tarde, ao presidente da Comissão Organizadora do XIX Congresso do PS-M, a moção global da sua candidatura à liderança do partido, denominada ‘Avançar a Madeira pelas Pessoas’.

O candidato saudou especificamente a duas pessoas que considera “essenciais” para a sua candidatura ao partido, nomeadamente os militantes Quinídio Correia e Gonçalo Aguiar.

“Em primeiro lugar, o Dr. Quinídio Correia que me deu a honra de ser um mandatário desta candidatura. Um ilustre socialista com um percurso histórico dentro do partido, seja na militância de base, mas também pelos diversos cargos que desempenhou dentro do PS onde, obviamente, tão bem representou a nossa Região”, enalteceu, acrescentando que o mesmo “é uma referência que muito me honra pela presença e por aquilo que significa num património do partido que quero realçar e relevar, durante a minha liderança”.

Paulo Cafôfo continuou os agradecimentos, desta vez ao presidente da junta do Imaculado Coração de Maria, Gonçalo Aguiar, por “ter aceite o desafio difícil de redigir a moção global ‘Avançar a Madeira pelas Pessoas’, que apresento à liderança do Partido Socialista”.

Este, declarou, foi um contributo essencial que não foi fácil. Ao longo de vários meses, Gonçalo Aguiar teve um trabalho “muito mais do que de redacção, um trabalho de recolha de contributos, de estruturar ideias, de conceber um projecto daquilo que eu penso para o Partido Socialista (…), destacou.

Cafôfo disse esperar que as eleições possam decorrer com toda a normalidade que se pretende, num partido que tem nos ideais democráticos um dos seus principais alicerces.

Agradeceu ainda às largas centenas de militantes que disse ter contactado ao longos destes meses, e que me deram a confiança necessária para um percurso que quero liderar no Partido Socialista”.

Cafôfo defendeu um partido unido, naquele que diz ser “um projecto de união, de proximidade e de inovação dentro do PS, num novo ciclo, numa nova página que se abre dentro da longa história deste partido”.

O candidato assegura ter já sinais claros de que este projecto é mobilizador para o PS. “Tivemos na moção que entregamos mais de 1000 pessoas subscritas nesta minha candidatura”, declarou.

Quanto às eleições, marcadas para o próximo dia 25 de Julho, o socialista espera grande mobilização, face ao número recorde de quase dois mil militantes, que subscreveram a sua moção.

“Significa que o partido está mobilizado, está forte e está preparado para os desafios que vamos enfrentar”, frisou.

Paulo Cafôfo disse ainda que pretende o “crescimento” do partido, através da construção de projectos que “possam ter a confiança dos madeirenses e dos porto-santenses”, alicerçados nos valores e no ideal democrático, numa ideia de “transformação social”.

“Valores como a solidariedade, como a liberdade, como a igualdade, o lutar pela justiça social e para que todos tenham uma oportunidade, fazem parte do ADN deste partido”, declarou.

O candidato à liderança do PS, pretende também modernizar o partido, através da valorização das estruturas partidárias, sejam as concelhias, as secções, a Juventude Socialista e as Mulheres Socialistas, mas, pretende também “um partido que possa inovar, abrindo outros espaços à participação dos militantes, espaços onde possam contribuir com as suas ideias, com as suas iniciativas, para que o PS possa ser um partido com uma história, mas um partido virado para o futuro”.

Adiantou ainda que, fruto dessa inovação, haverá novas estruturas dentro do próprio partido, aludindo ao que foi feito no passado recente, como os Estados Gerais. Disse querer recriar “novos momentos de participação e de envolvimento da sociedade civil.

Paulo Cafôfo destaca assim que os desafios só se conseguirão ultrapassar “numa coesão e união dentro do partido”, nas diversas estruturas, “funcionando como um bloco, um bloco coeso com uma orientação política clara e com uma motivação muito grande”.

Reconhece, por outro lado, ainda que “teremos de melhorar a nossa comunicação interna, bem como a comunicação externa” a fim de se poder “começar já neste grande desafio que serão as eleições autárquicas, no próximo ano”.

Cafôfo admite que os planos são “ambiciosos”, mas afirma que têm um objectivo claro: “a mudança política na nossa Região”.